- Publicidade -
CoronavírusUm terço dos pacientes que esperam por UTI na região é de São Carlos

Um terço dos pacientes que esperam por UTI na região é de São Carlos

Tempo de espera por leito chega a três dias na região; diretor do DRS-3 classifica como “preocupante” a situação dos hospitais da região

- Publicidade -

Centro de Triagem do Ginásio Milton Olaio Filho, em São Carlos. Foto: CBN São Carlos

Um a cada três pacientes que aguardam leitos de unidade de terapia intensiva na região é de São Carlos (SP). A informação, divulgada pelo Departamento Regional de Saúde (DRS-3), mostra o tamanho do drama de pacientes de Covid que aguardam em média três dias para conseguir vagas, mesmo que em outras regiões do Estado.

- Publicidade -

Segundo o diretor da DRS-3, Jéferson Yashuda, há 125 leitos de UTI em operação em todo o distrito sanitário que abrange 24 municípios. Seriam necessários mais 29 leitos para abrigar pessoas que estavam esperando vagas, das quais nove são de São Carlos.

O gerenciamento regionalizado dos leitos de hospitalização é realizado por meio da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). Conforme a necessidade, as redes municipais de saúde vão apresentando demandas de leitos, que por vezes não são disponibilizados na própria região.

“Isso causa na gente uma preocupação muito grande de como serão os próximos dias. Por que a situação é muito, mas muito preocupante, mesmo. Não se trata de fake news, são fatos. Estamos acompanhando em tempo real essas movimentações”, avalia.

Enquanto a vacinação não avança, a preocupação dos gestores e do DRS é como será o andamento da epidemia nas próximas semanas, em meio ao aumento do contágio, número de mortos crescente e sem leitos de UTI disponíveis.

Em entrevistas recentes, gestores e políticos presentes nas reuniões promovidas nos últimos dias têm repetido incessantemente a palavra diálogo, todavia, a cada fim de reunião as conversas não se convertem em consenso. É ponto pacífico de que algo precisa ser feito, mas se por meio de lockdown, restrições de horários ou testagem em massa, começam as divergências.

- Publicidade -

“Os prefeitos e gestores têm a consciência da gravidade do momento que o DRS e a saúde da região estão passando. Há o interesse, o diálogo, a boa vontade de todos os municípios de atuar, não com o lockdown local, mas adotar dentro de sua realidade medidas mais restritivas para diminuir a circulação do vírus”, relata.

Na quinta-feira (17), Araraquara e São Carlos deixaram claro que vão trilhar caminhos totalmente diferentes no enfrentamento deste momento crítico. No domingo (20), começará o lockdown por lá, enquanto que por aqui o investimento será em barreira educativa e redução gradativa de horário de atendimento presencial, cujo limite passará às 20h, com toque de recolher antecipado na sequência.

Novos leitos de UTI
Segundo Yashuda, há “posição clara” do governo do Estado em prol da abertura de novos leitos de terapia intensiva no interior paulista. Há dinheiro, insumo e local físico, mas o que impediria o aumento da oferta é a falta de profissionais capacitados. De imediato, o possível a ser feito é impedir a disseminação do vírus enquanto que a vacinação não chega a níveis aceitáveis.

“A expectativa e a confiança é na vacina. A abertura de novos leitos nada resolveria, porque, de imediato, não conseguiríamos isso do dia para a noite. Há 29 pacientes que estão aguardando UTI. É realmente preocupante. O que precisa ser feito é mesmo cercear o contágio”, finaliza. 
 
Leia também: 
São Carlos anuncia novas medidas para conter agravamento da pandemia  
 
Araraquara entra em lockdown a partir de domingo (20)  
 
São Carlos não tem previsão para retorno presencial da rede municipal de ensino  
 
São Carlos vira “referência” para negacionista de Araraquara 
 
São Carlos tem “índice” para lockdown há um mês

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -