A chegada do ano letivo traz preocupação em relação à educação de São Carlos, principalmente após problemas nos anos anteriores com falta de docentes na rede municipal. De acordo com o secretário da pasta, Roselei Françoso, hoje uma das dificuldades do município é o déficit de profissionais na educação especial.
O secretário, que assumiu a pasta este mês, explicou que estão abertos processos seletivos para a contratação de profissionais da educação, sendo os mais recentes para intérprete educacional de Libras e para profissionais especialistas, cujas inscrições abrem na sexta-feira (26).
Além desses, segundo ele, deve ser lançado em breve mais um processo seletivo simplificado para a contratação de profissionais para a educação especial e novos concursos públicos para docentes devem ser abertos em paralelo aos processos.
“Nós temos muitas demandas, não temos concurso aberto, então vamos soltar primeiro o processo seletivo e na sequência deve sair um concurso público também para essa categoria. Hoje temos 90 ordens judiciais e para suprir precisaria contratar hoje uns 60 professores. Vai ser difícil equacionar isso nos próximos dias”, disse.
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Roselei comentou que já externou o problema da falta de professores para a secretária de Administração e Gestão de Pessoas, Ana Beatriz Sodelli, e que pediu uma solução imediata para essas contratações.
“Não dá para a gente fazer educação sem a principal ferramenta. É um termo chulo que estou usando, mas é diferente de outras áreas. Hoje você tem equipamentos para fazer uma série de coisas, mas a educação não, a educação é o ser humano, é o profissional qualificado para essa função”, explicou.
Mudança no Estatuto
Segundo o secretário, a pasta deve apresentar em breve uma proposta à Comissão de Avaliação do Estatuto com mudanças que vão beneficiar os profissionais do ramo, entre professores e intérpretes, e que podem resolver diversos problemas relacionados à educação na cidade.
De acordo com Roselei, entre as alterações propostas estão:
- Alteração permitindo a função de apoio e substituição para suprir faltas;
- Possibilidade de permuta entre diretores de escola;
- Equiparação salarial do intérprete educacional de Libras com o intérprete generalista;
“E temos outra missão, porque se não também não posso contratar professor temporário, que é fazer uma nova mudança no estatuto da Educação no que diz respeito à carga horária. Nós mudamos para o efetivo, mas não mudamos para o temporário, então vamos ter que tratar os dois, alterando a jornada desse trabalhador para 24 horas-aulas semanais”, disse.
Françoso salientou que depende da posição da Comissão, composta por representantes da Educação, da Administração e do sindicato do categoria. “Conseguindo convencê-los de que essa é uma proposta razoável, benéfica ao trabalhador, tenho compromisso com o presidente da Câmara de tentar passar logo as alterações”, completou.
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