A Advocacia Geral da União (AGU) solicitou, nesta segunda-feira (13), à Justiça de Brasília a condenação das pessoas e empresas que ajudaram a financiar o transporte de golpistas até Brasília durante o ataque às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Entre as 52 pessoas, três empresas, uma associação e um sindicato que estão na lista de financiadores do ataque golpista estão uma moradora de Rio Claro e um morador de Leme.
Se condenados, Marco Antônio de Souza, de Leme, e Zilda Aparecida Dias, ex-funcionária da Prefeitura de Rio Claro, poderão pagar parte da pena que já chega a R$ 20,7 milhões, entre todas as pessoas e empresas citadas na lista de financiadores.
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O valor da pena foi calculado com base na avaliação dos prejuízos causados pela depredação dos prédios e de objetos e monumentos históricos das sedes do Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.
Segundo a AGU, as pessoas e as empresas que aparecem na lista de financiadores dos transportes que levaram os radicais até a capital federal estão diretamente envolvidas com os atos golpistas e, por isso, devem ser punidas ressarcindo os cofres públicos pelos prejuízos, de acordo com o Artigo 927 da constituição que prevê “que aquele por ato ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo”.
“A partir desse transporte e aglomeração de manifestantes é que se desenrolou toda a cadeia fática que culminou com a invasão e depredação dos prédios públicos federais mencionados”, afirmou a AGU no documento que solicita a condenação dos envolvidos.
Presos da região
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou no dia 19 de janeiro a prisão preventiva do morador de São Carlos Eder José Lisboa, por envolvimento nos ataques terroristas às sedes dos Três Poderes da República.
O adestrador de cães, de 54 anos, havia sido preso provisoriamente em flagrante no mesmo dia em que aconteceram os atos terroristas contra o governo vigente no poder.
Lisboa foi ouvido em depoimento e, após passar por audiência de custódia, foi decidido pelo STF que o são-carlense permanecerá preso no Centro de Detenção Provisória II, na Papuda (DF).
Além de Lisboa, os moradores de Leme Moisés dos Anjos e Edson Carlos Campana também tiveram a prisão preventiva decretada pelo STF, permanecendo no Centro de Detenção do DF.
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