Sem radares fixos e móveis urbanos em funcionamento há um mês, São Carlos deve esperar mais um tempo para ter os aparelhos de volta.
É que o documento que norteará a licitação para escolha da nova empresa que administrará o sistema ainda não foi finalizado pela Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito. Antes do “apagão”, a cidade contava com seis radares fixos e três móveis.
De acordo com o secretário Paulo Sérgio Luciano, a ideia inicial da pasta era promover uma licitação emergencial para escolher a gestora dos radares. Como a complexidade é a praticamente a mesma, optou-se então pelo modelo convencional.
“Vai sair nos próximos dias. Esse processo vai sair da nossa secretaria para o Setor de Licitações que irá gerar o edital, para depois ser publicado”, afirma.
O detalhamento da quantidade de radares e suas localizações é mantido em segredo por Luciano por “sigilo de licitação”. A posição de alguns deles será alterada, respeitando a hierarquização dos locais com maiores índices de acidentes.
“A nossa equipe técnica está fazendo os estudos necessários nos locais que temos conhecimento de maior acidentabilidade, para podermos inibirmos o excesso de velocidade, um dos principais fatores de acidentes”, diz.
Com os radares sem funcionar há mais de 30 dias, o município corre o risco de ter aumento do número de acidentes nos pontos em que eles funcionavam. “Isso é uma possibilidade. Podemos garantir que a sinalização nestes locais está adequada e temos agentes de trânsito para tentar inibir a ocorrência”, explica.
Se a licitação tivesse sido lançada mais cedo, o município poderia colar o fim de um contrato com o início de outro, evitando assim o “apagão” dos radares. Nesse ínterim, contudo, houve troca da chefia da secretaria, com a saída de Coca Ferraz, ex-titular da pasta.
De acordo com Luciano, o processo de escolha da nova gestora dos radares pode sido dificultado por nova normativa que rege o funcionamento deste tipo de aparelho. Contudo, a Resolução 798 do Conselho Nacional de Trânsito foi lançada há 14 meses. “Então acredito que é por isso que a antiga gestão não conseguiu fazer.”
A nova legislação determina, por exemplo, novas tecnologias, como o registro de latitude e longitude e o leitor óptico de caracteres para a leitura de placas de veículos.