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CotidianoApós protesto, prefeitura fornecerá ônibus para crianças do Abdelnur

Após protesto, prefeitura fornecerá ônibus para crianças do Abdelnur

Estudantes precisam do transporte para ter acesso às atividades de contraturno oferecidas pela ONG Nave Sal da Terra, no bairro Jardim Zavaglia

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Protesto que aconteceu nesta segunda-feira. Foto: CBN São Carlos
Protesto que aconteceu nesta segunda-feira. Foto: CBN São Carlos

Após um protesto realizado por mães dos estudantes do bairro Eduardo Abdelnur, em São Carlos (SP), a prefeitura decidiu voltar atrás e fornecer o ônibus para a ONG Nave Sal da Terra, que oferta atividades em contraturno escolar. 

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Em nota, a Secretaria da Educação informou que o translado das crianças entre os dois bairros continuará sendo atendido normalmente através das linhas regulares do transporte escolar. 

No entanto, a pasta reforçou que o transporte do contraturno para outras entidades filantrópicas continuará indisponível neste ano, sendo retomado apenas em 2022. 

De acordo com a secretária Wanda Hoffman, não haverá contraturno devido à pandemia. O objetivo da medida é minimizar os riscos de transmissão da Covid-19. “Ainda estamos com a pandemia e não podemos liberar o contraturno porque seriam mais de 10 mil crianças rodando de ônibus dentro do nosso município, e o momento não é esse para contraturno. Estamos fazendo um esforço muito grande para o ensino regular, imagina para o contraturno”, disse à CBN São Carlos. 

A ONG em questão, que fica localizada no Jardim Zavaglia, está oferecendo atendimento através da Secretaria da Infância e Juventude. 

Leia mais: Crianças ‘perdem’ transporte para ONG e mães protestam no Abdelnur  

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Mães protestam por falta de transporte para ONG no Abdelnur. Foto: CBN São Carlos
Mães protestam por falta de transporte para ONG no Abdelnur. Foto: CBN São Carlos

Entenda o caso 
Mães e crianças realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (8), em frente ao bairro, onde impediram que os ônibus do transporte escolar circulassem entre os dois bairros. A data marca o retorno da presença obrigatória em aulas presenciais.

A diarista Ana Carina Gonçalves é uma das mães que participou do protesto. Ela conta que o grupo foi atrás de muitas pessoas, mas não receberam ajuda e decidiram paralisar os ônibus em forma de protesto. 

“Meu filho tem osteogênese imperfeita [ossos de vidro] e não pode caminhar muito porque cansa, e pode, em qualquer tropicão, cair e se quebrar. Eu queria ver quem vai se responsabilizar. Eu vou deixar meu filho sair sozinho? Preciso trabalhar para sustentar meus filhos”, disse. 

Ela também relatou que os munícipes se sentem abandonados pela falta de estrutura no bairro e preocupação do poder público. “A gente é esquecido. Aqui não tem nenhuma ONG para período integral, tem muita criança na rua, e eu não quero meus filhos na rua. Se eu deixo eles sozinhos, o Conselho Tutelar vai vir na minha casa para levar meus filhos embora”, completou.

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