Nesta quinta-feira (14), após a morte de um bebê de 1 ano e sete meses, dois médicos foram afastados dos trabalhos na Santa Casa de Casa Branca. Um inquérito policial também será instaurado para apurar os fatos.
Miguel Henrique Nogueira Braga começou a passar mal na semana passada e foi levado pela família ao pronto-atendimento da Santa Casa. Após passar pela consulta, a criança foi liberada com a recomendação de tomar dipirona. Entretanto, o menino não melhorou.
Familiares voltaram ao hospital com o menino no último domingo (10), mas, segundo a família, como estava medicado com dipirona, Miguel foi liberado novamente.
Na segunda-feira (11), o garoto não apresentou melhora e piorou. Os pais de Miguel resolveram pagar uma consulta particular com um médico, que atestou que o quadro de saúde do menino era grave e indicou uma internação urgente.
Porém, a prescrição de um profissional particular para internar pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na Santa Casa não tem validade, visto que a família foi informada que era preciso que um médico residente do hospital pedisse a internação, mas não havia profissional no local naquele momento.
Após espera, Miguel foi internado por volta das 14h de segunda-feira. Cerca de horas depois, já na terça-feira (12), a criança faleceu. No atestado de óbito foi constatado que a causa da morte era em decorrência de sepse (infecção generalizada) e pneumonia.
O sepultamento do bebê aconteceu na quarta-feira (13).
O que diz a Santa Casa
De acordo com Raquel Piovesan Paiva, gestora da Santa Casa, o hospital afastou dois médicos plantonistas, sendo que um deles estava de sobreaviso e tinha formação na área de clínica médica em pediatria, além de abrir um processo de sindicância para apurar os fatos. Ela afirmou que a sindicância é composta pelo jurídico e por três funcionários, que são imparciais.
“Serão ouvidos tanto os médicos que estavam diante ao caso quanto a equipe que estava no plantão trabalhando”, disse a gestora em entrevista à EPTV.
Inquérito
Segundo o delegado de Casa Branca, Wanderley Fernandes Martins Júnior, um inquérito policial será instaurado para apurar o ocorrido, visto o fato de Miguel ter recebido três oportunidades de atendimento hospitalar, mas sendo liberado.
“Em razão dessa criança ter sido levada por três oportunidades no pronto-atendimento e ter sido liberada, existe uma dúvida em relação a uma eventual omissão médica ou não. A gente encaminhou para o SVO, que é o Serviço de Verificação de Óbito, para descartar qualquer outra causa-morte. Nós vamos comparar o atestado médico, fornecido pela Santa Casa, com o atestado/laudo do SVO. E, a partir daí, a gente vai tomar as conclusões de qual vai ser o caminhar do inquérito policial. De qualquer forma, vamos instaurar o inquérito policial em razão dessas três outras oportunidades que a criança foi levada ao pronto-atendimento”, pontuou.
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