A Promotoria de Justiça Cível de São Carlos decidiu não investigar denúncia feita por vereador que ligava um suposto caso de irregularidades no Saae ao assassinato da retroescavadeira.
O promotor Sério Martin Piovesan de Oliveira entendeu haver “ausência de justa causa para a instauração de inquérito civil”. Caberia à 8ª Promotoria de Justiça, por exemplo, investigação sobre eventuais prejuízos aos cofres municipais.
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Em meados de abril, Djalma Nery (PSOL) relatou ao Ministério Público, nos âmbitos cível e criminal, suposto caso de uso indevido de carro oficial e favoritismo na escala de horas-extras no Saae São Carlos. A denúncia tinha sido feita por Iébel Garcia Silva dias antes de ser morto por Milton César Magalhães, em caso que teve repercussão nacional. Milton César Magalhães, que depois ficou conhecido como “assassino da retroescavadeira”, era alvo da denúncia feita ao parlamentar.
Em ofício de resposta, o promotor público acolheu as justificativas dadas pela autarquia são-carlense. O Saae afirmou ao Ministério Público que justificou o uso de carro oficial por “inexistir compatibilidade de transporte público” para o retorno de funcionários que residem em outros municípios quando da contratação de horas-extras. Sobre os trabalhos “extraordinários”, o serviço autônomo afirmou que são convocados funcionários que optam por desempenhar o serviço adicional, somente.
O promotor concluiu que os atos do Saae “foram executados observando-se o interesse público”, as convocações de horas-extras foram feitas “de modo impessoal” e que o uso do carro por funcionários não se deu para “benefício direto deles, mas sim por conta da necessidade de conclusão de serviço público essencial”.
MORTE BRUTAL
O crime ocorreu na manhã de quarta-feira, 22 de março, na rua Georg Ptak, no Jardim São Paulo. De acordo com a Prefeitura, o autor do crime esperou a chegada da vítima, que estava em uma moto, e jogou a máquina em cima do rapaz.
A vítima perdeu o controle da moto, bateu em um carro e caiu. O agressor passou com a retroescavadeira por cima do corpo de Iébel Garcia Silva. Imagens de câmera de monitoramento mostram, ainda, que o autor do crime prensou a vítima com a escavadeira traseira da máquina e, aparentemente, conferiu se o rapaz estava morto.
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