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CotidianoCientistas de São Carlos produzem alface em 30 dias usando luz artificial

Cientistas de São Carlos produzem alface em 30 dias usando luz artificial

Além de tempo, o plantio artificial reduz em até 90% o uso de água na comparação com o sistema convencional, que usa mudas, terra e luz solar

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Pesquisa no IFSC/USP comprova eficiência de luz artificial. (Foto: Divulgação)
Pesquisa no IFSC/USP comprova eficiência de luz artificial. (Foto: Divulgação)

Um experimento com luz artificial conduzido em São Carlos fez com que alfaces ficassem prontas para o consumo em 30 dias, a metade do tempo do plantio sob luz solar. O plantio “in-door” realizado pelo Instituto de Física (IFSC) da USP permitiu que a colheita fosse feita usando o período relativo ao crescimento de uma muda convencional.

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Os estudos foram realizados em ambiente protegido e controlado, em que foi utilizando a técnica de hidroponia para a semeadura da alface. Nesta estufa, um sistema de iluminação foi instalado com placas de leds das cores branca, vermelha e azul. A luz foi mantida 24 horas ininterruptas ao longo de 30 dias. O resultado, no final do período, foi o vegetal pronto para consumo.

O pesquisador Rafael Ferro afirma que o próprio sistema hidropônico, plantio sem solo em meio aquoso, permite economia em cerca de 70% da água usada, na comparação com plantio em terra. Já a iluminação artificial apresenta até 90% de redução.

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Para comparar a eficiência da iluminação integral, os pesquisadores fizeram experimentos com 12h e 18 horas de lâmpadas ligadas ao dia. Shirley Lara, cientista do IFSC, explica que com a luz ininterrupta, as plantas conseguem fazer mais fotossíntese (processo fotoquímico que transforma em energia e luz) do que o habitual.

Em simultâneo, os pesquisadores fizeram um outro experimento, que foi a produção de mudas, tendo conseguido produzi-las em metade do tempo convencional. “Comparamos com a muda convencional e a produção foi a mesma, sendo que neste momento estamos analisando a parte qualitativa. A parte quantitativa foi muito superior, já para não falar que a produção no campo obriga sempre a uma aplicação de fungicida ou inseticida por semana, e aqui não houve qualquer aplicação de defensivos. No campo teríamos que contar com 35 dias de muda e mais 30 ou 35 dias para a produção final. Aqui, em 30 dias já estamos colhendo o máximo que se consegue neste espaço da estufa”, ressalta Rafael.

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Segundo Vanderlei Bagnato, coordenador da pesquisa, esta linha de trabalho em biofotônica dá início à chamada “agro-fotônica”, em que controlando a forma de iluminação é possível manter toda a qualidade a qualidade e otimizar a produção vegetal.

O IFSC/USP, através do Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT), está já desenvolvendo o protótipo de uma nova estufa “in-door”, com cinco andares, o que viabilizará uma produção bem mais ampla. Para o futuro podem surgir locais de plantio nos próprios pontos de venda.

 

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