O governo do Estado de São Paulo informou nesta quinta-feira (7) que a CoronaVac registrou 78% de eficácia em casos leves nos testes clínicos feitos no Brasil. A vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Segundo o governo estadual, a vacina garantiu a proteção de 100% contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados. O pedido de uso emergencial da CoronaVac já foi enviado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a Anvisa, o prazo para a análise do pedido de uso emergencial é de dez dias. Já a avaliação do pedido de registro definitivo é feita em até 60 dias. A taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Anvisa é de 50%.
Em meados de dezembro, a Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou as regras para a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra a Covid-19.
Estudos
O estudo conclusivo mede a taxa de eficácia comparando quantos casos confirmados ocorreram nos voluntários que receberam placebo e quantos naqueles que tomaram a vacina.
No Brasil, a vacina foi testada em 16 centros de pesquisas, em sete estados e no Distrito Federal. Treze mil voluntários brasileiros participaram dos testes, que começaram em julho de 2020.
Participaram do estudo de eficácia da vacina do Butantan 12.476 profissionais de saúde da linha de frente da Covid-19. Todos os voluntários tiveram um risco muito maior de infecção, uma vez que cuidavam diretamente de pacientes com o vírus.
Entenda o Plano Estadual de Imunização (PEI)
O governo de São Paulo espera que o uso emergencial seja autorizado pela agência até o dia 25 de janeiro, data estipulada no Plano Estadual de Imunização para início da vacinação de 9 milhões de pessoas dos grupos prioritários.
O público-alvo desta 1ª fase da vacinação são os idosos de 60 anos ou mais, trabalhadores da área da saúde, indígenas e quilombolas. No Estado, os grupos somam 9 milhões de pessoas.
A primeira fase deve ter duração de nove semanas, entre 25 de janeiro e 28 de março de 2021, e serão duas doses por pessoa em um intervalo de 21 dias e escala por faixa etária, com prioridade para os trabalhadores da saúde.
Veja a tabela completa e o calendário de vacinação clicando aqui.