Três escolas de São Carlos demonstraram interesse em se tornarem cívico-militares. A consulta foi realizada pela Secretaria da Educação de São Paulo com diretores de unidades que atendiam critérios estabelecidos pelo governo estadual. Entre os requisitos está o baixo desemprenho escolar e localização em áreas de vulnerabilidade.
Na Capital da Tecnologia, as escolas estaduais Esterina Placco, na Vila Brasília, Professor Arlindo Bittencourt, na Vila Monteiro Gleba I, e a Professor João Batista Gasparin, no Residencial Deputado José Zavaglia, foram as interessadas.
O governo do Estado espera ter escolas no novo modelo já no ano que vem. Porém, o processo para a mudança continua. Agora, haverá uma consulta pública com a comunidade escolar dessas instituições.
A lei que permite o modo cívico-militar foi sancionada em maio deste ano pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A decisão é questionada no Supremo Tribunal Federal e é considerada inconstitucional pelo próprio ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
O Ministério Público e a Defensoria do Estado foram até a Justiça para anular o regulamento e suspender as consultas programadas com a população.
O que muda
As escolas cívico-militares terão a mistura de militares e profissionais da educação. Os agentes de farda cuidarão da disciplina dos alunos. A ideia é ter, pelo menos, um militar da reserva subordinado ao Diretor Pedagógico da unidade, mas tendo como valores do local os mesmos das organizações militares.
No currículo, a responsabilidade das atividades extracurriculares serão dos militares, com formulação conjunta da Secretaria da Educação e da Secretaria da Segurança Pública. As diretrizes serão: “valores cidadãos, como civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito” e “habilidades que preparem o aluno para o exercício consciente da cidadania”.
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