São Carlos (SP) teve aumento geral dos indicadores de violência primeiro semestre deste ano, em comparação com os do ano passado. Por outro lado, 2021 tem sido mais pacífico do que 2019, ano que antecedeu a pandemia de Covid-19.
Balanço de criminalidade da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) mostra que aumento no número de mortes violentas, tentativas de homicídio e lesões corporais. Entre os homicídios, os números deste ano são os maiores desde 2017.
Nos seis primeiros meses deste ano, São Carlos registrou 12 casos de homicídios dolosos, número 71% superior aos registrados no primeiro semestre de 2020 e 2019, quando ocorreram sete casos.
Entre as tentativas de homicídio, o avanço foi de 50% entre 2020 e 2021. Há um ano, foram oito casos, total que passou para 12 agora. Já na comparação frente 2019, quando foram 14 casos, houve redução de 14%.
Os dados da segurança pública ainda mostram aumento de 28% entre as lesões corporais dolosas, ou seja, intencionais, com 321 casos neste ano, frente 251 no ano passado. Em 2019, foram 350 casos, ou seja, menor neste ano.
Nas estatísticas de mortalidade de trânsito, de acordo com a SSP, houve aumento de 8 para 17 (+113%) entre os dois últimos anos, sempre levando em consideração os dados de semestres iniciais. Os números de 2021 são os maiores desde 2011, quando foram computadas 20 mortes culposas envolvendo veículos.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que os indicadores têm voltado à normalidade pré-pandemia, com o aumento do fluxo de pessoas devido à flexibilização das regras da quarentena e avanço da vacinação.
Mais casos de estupro
Em 2021, houve registro de mais casos de estupro na cidade. O governo do Estado somou 23 casos no primeiro semestre deste ano, frente 17 no ano passado e 15 em 2019.
Os indicadores gerais foram puxados pelo aumento nas ocorrências de estupros de vulneráveis, que passaram de 7 para 9, entre 2019 e 2020, e 16 neste ano, dados semestrais.
Na contramão, os estupros que vitimaram não vulneráveis tiveram queda (-12,5%) nos últimos anos. Em 2019 e 2020 foram oito casos no semestre, frente sete neste ano.
