Após responder a processo movido pelo Ministério Público Federal na Justiça, o Hospital Universitário (HU) da UFSCar reabrirá os novos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) de forma escalonada entre junho e julho.
A UTI passará a funcionar com quatro leitos no dia 20 de junho, atendendo parcialmente à solicitação do MPF. O hospital revelou, ainda, que os seis leitos restantes entrarão em operação no dia 18 de julho.
A contratação de 60 profissionais para operação dos leitos de UTI havia sido liberada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e recebeu aval do Ministério da Economia.
A abertura dos leitos de UTI do HU foi tema de audiência de conciliação promovida pela Justiça Federal em São Carlos. O Hospital, entretanto, se absteve de comentar os detalhes da discussão do encontro virtual.
Ao acidade on , a secretária de Saúde, Denise Martins, afirmou, por meio de nota, que o cronograma foi apresentado durante a reunião. Os novos leitos atenderão os municípios da Região Coração do Departamento Regional de Saúde (DRS-3), como São Carlos, Descalvado, Dourado, Ibaté, Porto Ferreira e Ribeirão Bonito.
“A abertura de dez leitos de UTI geral no Hospital Universitário (HU) proporciona uma ampliação de assistência à população e, neste sentido, será bem-vinda para o nosso município, pois, com isto, esperamos reduzir o tempo de espera para transferência de pacientes oriundos das UPAs”, comentou.
Operação emergencial
Ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal pede ao HU que 10 leitos de UTI sejam colocados em operação “com urgência”. Segundo a Procuradoria, a unidade está pronta, “mas permanece inativa sobretudo à falta de equipe”. O MPF apontou a “morosidade” da Ebserh como entrave à operação da ala.
Durante período mais crítico da pandemia, entre maio de 2020 e dezembro passado, os dez leitos de UTI funcionaram para atender pacientes com Covid-19. A operação era realizada por funcionários contratados de forma emergencial e temporária.
Na ação, o MPF apontou que investimentos da ordem de R$ 2,3 milhões que estavam sujeitos à depreciação, sem uso. Os leitos ainda correm o risco de terem sua fonte de recursos extinta caso a Ebserh atrasasse ainda mais o início das operações.