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CotidianoInstalados há quase nove meses, semáforos da Praça Itália continuam parados

Instalados há quase nove meses, semáforos da Praça Itália continuam parados

Para especialista, “não faz muito sentido” equipamentos em rotatória; já Coca Ferraz diz que instalação foi “matematicamente calculada”

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Semáforos da Praça Itália foram instalados há quase nove meses. Foto: CBN São Carlos

Instalados há quase nove meses, semáforos instalados na rotatória da Praça Itália ainda esperam para ser ligados. Apesar de ter os aparelhos prontos para funcionar, motoristas que passam pelo local têm dificuldades em passar, sobretudo nos horários de pico.

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Os investimentos, que totalizam algo em torno de R$ 100 mil reais, inclusive, têm a conveniência e utilidade questionada por especialista de trânsito. Cada uma das 14 torres custou aos cofres públicos R$ 7.950, mas somente serão ligados após recapeamento. 

A instalação dos semáforos é uma tentativa da Prefeitura em dar alguma organização ao trânsito no entroncamento viário mais movimentado da cidade. A rotatória recebe e distribui o fluxo de regiões populosas da cidade, como a Vila Prado e Cidade Aracy, com áreas de grande densidade de empregos, como o Centro e a Getúlio Vargas.

Além dos semáforos, o local ganhou novo desenho, em geometria que facilita o tráfego de veículo. Um recapeamento está com licitação em andamento e deve ter a empreiteira escolhida nos próximos dias. Em um próximo momento há ainda a duplicação do viaduto sob a linha férrea, intervenção que será bancada pela Rumo.

Para o consultor em engenharia de tráfego e mobilidade urbana Fernando Velázquez, a combinação de semáforos e rotatória é “um negócio complicado” em matéria de engenharia de tráfego. Para ele, “não faz muito sentido”.

“Se ela não está dando conta da maneira como tem que ser, nós temos que pensar de uma outra maneira para distribuir o tráfego, não simplesmente colocando semáforo, que não resolve o problema em si”, opina.

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Na opinião do especialista, há outras maneiras mais vantajosas de diminuir a pressão do tráfego sobre a rotatória. Uma delas é o gerenciamento da demanda e ofertar opções de rota para os motoristas.

“Uma solução é alterar o plano de circulação e descentralizar os fluxos. As vezes uma rotatória não tem para onde crescer, pois há uso e ocupação de solo. Com um plano de circulação novo, dá para oferecer aos motoristas outras rotas além da rotatória”, relata.

Matematicamente calculado
O secretário de Transporte e Trânsito, Coca Ferraz, afirmou que estudos técnicos da pasta levaram em consideração a contagem do volume de tráfego, geometria do cruzamento, entre outros fatores em estudo técnico que embasou a decisão da instalação do semáforo.

“Esse estudo foi feito com base técnica. Tudo calculado matematicamente para que tenha maior fluidez de trânsito com maior segurança e permita o pedestre também atravessar a via quando necessária”, declara.

Para o secretário, “qualquer observador não técnico” enxerga a dificuldade que tem o pedestre de “atravessar qualquer uma das vias que chegam à Praça Itália”. “É uma dificuldade terrível”.

Coca Ferraz ainda esclareceu que os semáforos foram colocados no final do ano passado por conta de um convênio firmado que permitia a obra até a data. O sistema não foi ligado por ainda faltarem as obras de recapeamento e sinalização de solo.

“Os semáforos serão todos sincronizados. A pessoa espera em um cruzamento e depois não vai mais esperar nos outros cruzamentos até sair do local, da rotatória, por exemplo”, finaliza.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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