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CotidianoPacientes de São Carlos sofrem com falta de medicamentos em farmácia de alto custo

Pacientes de São Carlos sofrem com falta de medicamentos em farmácia de alto custo

Problemas já perduram há pelo menos quatro meses; segundo a Secretaria Estadual de Saúde, farmácias já estão sendo abastecidas

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Farmácia de alto custo em São Carlos. Foto: Reprodução

Pacientes de São Carlos (SP) que necessitam de remédios para aliviar suas dores vêm sofrendo com a falta de medicamentos na farmácia de alto custo do Sistema Único de Saúde (SUS).

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A autônoma Elaine Aparecida Ferri e Leite é uma das pessoas que enfrentam dificuldades para manter-se bem. Um acidente doméstico simples fez com que ela desenvolvesse Herpes Zoster em um ferimento em período de cicatrização, o que causou uma inflamação que tomou boa parte do lado esquerdo do rosto. 

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença também é conhecida como cobreiro e é causada pelo mesmo vírus da Varicela, podendo deixar sequelas como a nevralgia pós-herpética. “É uma dor tão insuportável que eu preciso tomar um calmante para dormir para poder não sentir a dor. Também muita coceira no olho, visão embaçada”.

Para ajudar a diminuir a dor, o médico receitou Gabapentina de 300mg e ea conseguia pelo alto custo, já que para manter o tratamento, Elaine precisa de quatro caixas por mês e o custo mensal sai por cerca de R$ 400. No entanto, ela não recebe desde novembro.

“Uma amiga enfermeira ficou sabendo e me mandou dinheiro para comprar uma caixa, a outra amiga mandou para outra caixa e assim eu vou levando. É um absurdo ter na farmácia particular, mas no alto custo e não ter. Por quê? Cadê o dinheiro para comprar o remédio para a gente que precisa?”, relatou.

A gabapentina aparece na lista de medicamentos de alto custo no site da Secretaria Estadual de Saúde. O remédio é indicado contra a dor e no tratamento de epilepsia.

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O marido da aposentada Maria Sueli de França Gonçalves também utiliza esse medicamento, mas de 400mg. O tratamento de seis caixas por mês é para aliviar a dor dos nervos do corpo que atrofiaram.

Porém, segundo Maria Sueli, o dinheiro da aposentadoria não é suficiente para pagar esse e os outros remédios utilizados, e por isso recorre ao alto custo, mas não consegue a medicação há dois meses.  

“Eles falam que está em falta, que não compraram. Já vai fazer dois meses que ele está sem o remédio. Tem mais um da diabetes de R$ 250 e agora também um da ansiedade, se colocar tudo na ponta do lápis não dá porque subiu tudo. Hoje a gente fica a mercê desse remédio”, comentou. 

Remédios de alto custo são distribuídos em duas farmácias (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

Outros medicamentos
O problema ainda se estende para outros medicamentos. A enfermeira Gabriela Marssola Olivatto tem uma doença chamada Talassemia Maior, onde seu corpo não produz hemácias e ela precisa de transfusões de sangue a cada 15 dias para controlar a anemia.

No entanto, tantas transfusões alteram os níveis de ferro no corpo, e por isso ela precisa de dois remédios, um oral e um subcutâneo. Para manter o tratamento, ela gastaria R$ 12 mil por mês. O alto custo fornece os dois, mas desde outubro não recebe a medicação.

“Nenhum dos dois está disponível, não estamos conseguindo pegar desde outubro, e só estou conseguindo fazer meu tratamento por doação de outros pacientes ou que mudaram de remédio ou que tenha mais, mas estou sofrendo com essa falta”, disse.

Reabastecidos
A Secretaria Estadual da Saúde informou que as farmácias de alto custo do SUS já estão abastecidas e que um dos medicamentos usado pela enfermeira já está disponível.

A Saúde ressaltou ainda que os demais remédios estão em fase de distribuição e que os pacientes com medicação atrasada serão avisados pra retirada.

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