A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos abriu investigação para apurar o caso de “masturbação coletiva” praticada por alunos de medicina durante jogos universitários em São Carlos.
O caso ocorreu durante uma partida de vôlei feminino ocorrida em abril, mas veio à tona no último fim de semana, causando onda de indignação em todo o país.
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A Secretaria de Segurança Pública disse que após tomar conhecimento dos fatos, iniciou “diligências para apurar o ocorrido”, mas não informou por qual crime eles estão sendo investigados.
Alunos expulsos
Na noite de ontem (18), a Unisa (Universidade de Santo Amaro) afirmou que expulsou os alunos de medicina envolvidos no episódio, mas não determinou o número de afastados.
Em nota à imprensa, a Unisa afirmou que tomou conhecimento das “gravíssimas ocorrências” através das redes sociais e em vídeos postados na internet. A instituição repudiou o comportamento daqueles que viriam a ser médicos no futuro.
“Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento”, disse a universidade ao portal g1.
Entenda o caso
O assunto teve grande repercussão nas redes e chegou a ser compartilhado pelo influencer Felipe Neto, que cobrou a Unisa em sua conta no X (antigo Twitter).
No vídeo, alunos da universidade aparecem se masturbando no interior do que parece ser um ginásio esportivo.
Repercussão nacional
A UNE (União Nacional dos Estudantes) publicou um a nota de repúdio nesta segunda-feira (18), na qual chamou de “absurdas as cenas dos alunos da Unisa” e disse que os estudantes de medicina precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos.
Já o Ministério das Mulheres, que também condenou os gestos obscenos dos universitários disse em uma nota publicada no X que “Atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas — elas devem ser combatidas com o rigor da lei.”
A pasta também afirmou que “reforça seu compromisso de enfrentar essas práticas que limitam ou impossibilitam a participação das estudantes como cidadãs. Vamos seguir trabalhando para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência”.
O Ministério da Educação, através da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, deu 15 dias para que a Unisa informe quais as providências tomadas em relação ao caso.
Em uma rede social, o Ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que repudia o ocorrido e chamou o fato de “inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade”.
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