A Unisa (Universidade de Santo Amaro) afirmou, na noite de segunda-feira (19), que expulsou os alunos envolvidos no episódio de “masturbação coletiva” durante um jogo de vôlei feminino realizado em São Carlos. O caso ocorreu em meados de abril, mas viralizou no último fim de semana.
O número de alunos que deixaram a instituição não foi revelado.
Em nota à imprensa, a Unisa afirmou que tomou conhecimento das “gravíssimas ocorrências” através das redes sociais e em vídeos postados na internet. A instituição repudiou o comportamento daqueles que viriam a ser médicos no futuro.
“Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento”, disse em nota.
Entenda o caso
O assunto teve grande repercussão nas redes e chegou a ser compartilhado pelo influencer Felipe Neto, que cobrou a Unisa em sua conta no X (antigo Twitter).
No vídeo, alunos da universidade aparecem se masturbando no interior de um ginásio esportivo em São Carlos.
O caso está sob investigação da Polícia Civil.
Repercussão nacional
A UNE (União Nacional dos Estudantes) soltou um a nota de repúdio nesta segunda-feira (18).
Já o Ministério das Mulheres, que também condenou os gestos obscenos dos universitários disse em uma nota publicada no X que “atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas — elas devem ser combatidas com o rigor da lei.”
A pasta também afirmou que “reforça seu compromisso de enfrentar essas práticas que limitam ou impossibilitam a participação das estudantes como cidadãs. Vamos seguir trabalhando para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência”.
O Ministério da Educação, através da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, deu 15 dias para que a Unisa informe quais as providências tomadas em relação ao caso.
Em uma rede social, o Ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que repudia o ocorrido e chamou o fato de “inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade”.
LEIA MAIS
Bancos renegociam R$ 13 bilhões em dívidas em dois meses de Desenrola