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CotidianoPrédio do Colégio Caaso é arrematado por R$ 2,8 mi em leilão

Prédio do Colégio Caaso é arrematado por R$ 2,8 mi em leilão

Gestão busca formas de manter atividades até o final do ano diante de cenário de incertezas; valor de arremate não cobriu total da dívida com a União

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Colégio Caaso foi arrematado em leilão. Foto: Divulgação
Colégio Caaso foi arrematado em leilão. Foto: Divulgação

O prédio do Colégio Caaso foi arrematado por R$ 2,8 milhões em leilão para pagamento de dívidas da instituição com a União. Agora, a instituição discute qual será o futuro da escola e formas de manter o funcionamento até o final do ano letivo.

O prédio e o terreno foram arrematados por valor inferior à dívida do Caaso com a União, estimada em cerca de R$ 3,5 milhões. Foi a segunda tentativa de leilão. A primeira fora realizada em julho, sem interessados.

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Em assembleia-geral realizada na sexta-feira (24), integrantes da direção e alunos do Centro Acadêmico Armando de Sales Oliveira (Caaso) discutiram os próximos passos e as prioridades da gestão frente a situação.

De acordo com primeiro-tesoureiro do Caaso Fábio William dos Santos Feltrin, as prioridades neste momento da gestão são manter as atividades até o final do ano e conseguir formas de honrar com os compromissos com os 19 funcionários da instituição, que conta com quase 60 alunos. Para 2022, as incertezas são ainda maiores.

“Outro encaminhamento foi buscar medidas para tentar reduzir o valor que ficaria de dívida ou até mesmo zerar dentro do possível, para atender os funcionários que acabam sendo os mais prejudicados no processo”, afirma.

Em nota publicada em rede social, o Caaso esclareceu que as dívidas com a União têm diversas naturezas e se desenrolam desde pelo menos a década de 1980. “São trâmites que percorrem, em grande parte, a Fazenda Nacional, o INSS e, portanto, que colocam a União contra o Caaso”.

Antes do leilão, o Caaso afirma que houve tentativas de parcelamento da dívida em outras gestões, inclusive com contratação de consultoria. O atual montante, mesmo que parcelado, ficaria fora do orçamento de hoje do colégio, que não tem fins lucrativos. De acordo com o tesoureiro, há ainda dívidas do Caaso não relacionadas à União, cuja totalização está em andamento.

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Para manter o funcionamento até o final do ano, o Caaso buscará acordo com o novo proprietário do prédio ou até o empréstimo de salas da Universidade de São Paulo (USP), vizinho ao colégio.

“Pensando no ano letivo a prioridade é diminuir o prejuízo dos alunos, principalmente os do terceiro ano que estão finalizando o ciclo. Vamos tentar manter eles no Colégio Caaso até o final do ano.”

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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