A Prefeitura de São Carlos decretou situação de emergência devido à alta de casos de dengue. São quase 1 mil casos. A medida vale por 180 dias, com possibilidade de prorrogação.
O decreto assinado pelo prefeito Airton Garcia (PP) foi publicado no Diário Oficial.
São Carlos está com 994 casos de dengue, sem confirmações para febres zika, chikungunya e amarela.
Pelo decreto, o governo municipal poderá adotar “medidas necessárias” à contenção das arboviroses, conjunto de doenças transmitidas por pernilongos e mosquitos. Entre as ações estão aquisição de insumos e materiais, contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial, prorrogação, na forma da lei, de contratos e convênios administrativos que favoreçam o combate ao mosquito Aedes aegypti.
Caberá também à Secretaria Municipal de Saúde, com o apoio do Comitê Municipal de Combate às Arboviroses, elaborar diretrizes gerais para a execução das medidas de enfrentamento da situação de emergência em saúde pública, bem como, no âmbito de suas competências, editar normas complementares para a execução do disposto neste decreto e das ações propostas. A SMS também poderá adotar medidas excepcionais para o enfrentamento como suspender férias e folgas dos Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde e demais servidores envolvidos com a Vigilância Epidemiológica e o Controle de Vetores e no atendimento em unidades de saúde do município.
A diretora de Vigilância em Saúde, Denise Martins, disse que para decretar a emergência no âmbito da saúde pública foi considerado o cenário epidemiológico da doença.
“Além do aumento do número crescente de casos, temos no momento, oito internações em leito de enfermaria e duas internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e como a doença pode deixar sequelas irreversíveis, decidimos decretar a situação de emergência”.
A diretora ressaltou, ainda, a importância da colaboração de toda a população. “A forma mais eficaz de eliminar a dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Para isso, cada são-carlense precisa fazer sua parte e manter casa, quintais e locais de trabalho livres de água parada. O ciclo de reprodução do Aedes aegypti é de cerca de uma semana, entre a fase de ovo, larva e mosquito adulto. Por isso, a vistoria em busca de criadouros deve ser semanal. Mesmo uma tampinha de garrafa esquecida no quintal pode se tornar criadouro. Já foi comprovado que 75% dos criadouros encontrados estão nas residências”, enfatiza Denise Martins.
É importante que as pessoas que tenham sintomas como febre, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos e dor nas articulações, procurem a unidade de saúde mais próxima da sua residência para atendimento adequado e também para que o controle de vetores faça as ações necessárias para diminuir o risco de transmissão viral.
Município cria “Brigada contra o Aedes”
Todos os órgãos e entidades municipais de São Carlos terão equipes chamadas de Brigadas Contra o Aedes aegypti, composta por, no mínimo, três servidores.
“Essas equipes devem vistoriar periodicamente, em caráter permanente, o imóvel onde se localiza o órgão público, de forma a eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti; identificar áreas que requerem um cuidado constante por meio de um mapa de risco da edificação e atuar de forma preventiva, indicando as providências que devem ser adotadas pelo órgão público, entre outras medidas para eliminar possíveis focos de proliferação do mosquito”.
Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde também poderá autorizar, mediante acompanhamento policial, quando necessário, a entrada de agentes de saúde e servidores municipais designados para esse fim, devidamente identificados, nas casas fechadas ou abandonadas, especialmente daqueles proprietários que ao serem convocados para abrir seus imóveis, não atenderem tal solicitação.
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