São Carlos ficou “fora do radar” da paralisação de motoristas de serviços por aplicativos que começou em todo o país nesta segunda-feira (15). A categoria está reivindicando melhores condições de trabalho e repasses mais altos nas tarifas das corridas.
Embora tenha atingido as maiores cidades da região, o movimento – que deve continuar até terça-feira no Brasil – não teve adesão na capital da tecnologia. Um ato tinha sido marcado para hoje, na região da Praça Itália, mas foi adiado.
Segundo Julio Castro, líder da Ubemasc (União Beneficente dos Motoristas Autônomos de São Carlos e adjacências), os motoristas ficaram “divididos”. “Muitos motoristas não estão nos grupos, os novatos ou ‘lobos solitários”, explicou.
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Castro salienta, no entanto, que os problemas pelos quais os motoristas e entregadores estão lutando também são a realidade dos trabalhadores são-carlenses.
“O trabalho dos motoristas está se tornando inviável, uma vez que os motoristas não estão conseguindo arcar com as despesas de manutenção de veículo, não estão conseguindo arcar com suas próprias despesas. O motorista acaba trabalhando muito e sem ter a devida remuneração”, explicou.
O motorista completa que nas capitais alguns acabam sendo melhor remunerados, mas são raros os casos. “Entretanto existem momentos que os motoristas das capitais também passam dificuldades, tendo em vista a postura que as plataformas admitem”, completou.
REIVINDICAÇÕES
Com adesivos e cartazes, os motoristas reivindicam valor mínimo de R$ 10 em corridas e cobrança mínima de R$ 2 por quilômetro rodado. A iniciativa é da Fembrapp (Federação dos Motoristas por Aplicativos do Brasil) e Amasp (Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo).
As empresas Uber, 99 e in-Driver foram procuradas pelo acidade on para comentar o assunto, mas ainda não se manifestaram.
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