São Carlos terá, nos próximos meses, uma casa em Barretos para servir de apoio a pacientes em tratamento contra o câncer. A iniciativa, que já estava sendo avaliada, foi impulsionada pelo requerimento do vereador Bruno Zancheta (PL).
Segundo o parlamentar, o protocolo de requerimento solicitando a implantação a casa foi feito em 25 de abril. “A implantação dessa casa traria conforto, comodidade, além é claro de um tratamento seguro, pois diariamente nossos pacientes têm que se deslocar até a cidade de Barretos e há esse risco, esse custo, e o nosso medo é que essas vidas possam ser ceifadas”.
O projeto está sendo acompanhado pela secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Amariluz Garcia. Ela explica que a ideia surgiu em 2019, mas os planos precisaram ser adiados por conta da pandemia. Com a retomada recente, ela visitou uma das casas para entender o funcionamento.
“Conheci a de Porto Ferreira, na casa a prefeitura tem que ter um responsável que cuida e pagar as despesas de aluguel, energia elétrica e água. Praticamente funciona com doações de alimentações, e enquanto o paciente estiver sob cuidados, ele também pode ajudar na organização da casa. Tem até uma cama em um quartinho para o motorista descansar”, detalhou a secretária.
Com a casa disponível, os pacientes que viajam várias vezes durante a semana podem pernoitar e ter um local para descansar junto de seus acompanhantes para então dar prosseguimento ao tratamento. O espaço também deve atender pessoas que não conseguiram o custeio do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Previsão para funcionamento
Segundo Amariluz, o projeto está na fase de análise de custos e deve sair em até dois meses. “Já levantamos alguns dados do hospital, estamos levantando os dados da Secretaria da Saúde, vimos algumas casas que atenderiam esse projeto e estamos na fase de regularização, a parte jurídica de fazer a contratação dentro do que prevê as leis para evitar qualquer problema futuro”, explicou.
Ela ainda ressalta que essa é uma iniciativa pioneira na cidade e teve espelho em outro município da região que oferta o serviço. “Porto Ferreira, que é uma cidade bem menor, ela tem. Inclusive, alguns casos a gente consegue que eles acolham nossos munícipes, que são os casos mais graves, então tem necessidade de termos a nossa própria casa”, completou.