A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com déficit de R$ 17 milhões nas contas e está reduzindo a forma de trabalho dos contratos terceirizados para equilibrar as contas. O valor é maior do que o informado em janeiro, quando a instituição de ensino projetou resultado negativo em R$ 6,7 milhões.
As informações foram dadas pela reitora Ana Beatriz de Oliveira ao site “Metropoles“. Em viagem, a gestora não pode comentar de imediato a situação ao acidade on.
Os cortes têm sido realizados à medida em que os terceirizados pedem demissão. Não há redução ativa da força de trabalho, informou a reitora.
O orçamento previsto é suficiente para cobrir as despesas até o mês de setembro.
A UFSCar tem enfrentado falta crônica de verbas nos últimos anos. A redução das cifras repassadas pela União à universidade tem afetado as despesas discricionárias, que envolvem gastos como manutenção, limpeza e segurança.
Os cortes nos investimentos nas universidades federais têm ocorrido desde o impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
“Falta manutenção, tem lâmpada quebrada, os prédios estão com problemas de infiltração e goteiras. Precisa fazer recape das vias, do calçamento… É uma estrutura que tem sofrido há muitos anos”, afirmou a reitora ao “Metropoles”.
Greve na universidade
Além do cenário de falta de verbas, a UFSCar tem enfrentado duas greves simultâneas: a dos técnicos-administrativos e dos docentes. Os embates ocorrem devido a dissensos com o governo Lula, que não aceita o pedido de recomposição salarial dos trabalhadores.
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