O Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, desenvolveu um dispositivo para tratar lesões musculares causadas por esforços repetitivos, provenientes de exercício físico ou de atividades do cotidiano.
O equipamento, que alia a aplicação de laser a um mecanismo de liberação miofascial de forma conjunta, já recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e será lançado no mercado ainda este ano.
“O equipamento é composto por duas esferas e um laser, que têm ações complementares quando aplicadas nas áreas lesionadas. Os músculos são encapados por membranas e as lesões ocorrem quando elas se grudam nos músculos, impedindo que estes executem os movimentos, provocando uma incapacidade de movimentação. A ação das esferas, que é deslizante, provoca a liberação dessas membranas, enquanto o laser tem uma ação analgésica e anti-inflamatória”, explicou a pesquisadora Ana Carolina Negraes Canelada.
Os resultados preliminares da pesquisa mostraram que os cinco pacientes que participaram do estudo tiveram uma melhora de 70% das lesões apresentadas, após serem submetidos a duas sessões semanais, de 15 minutos cada uma, ao longo de cinco semanas.
Dentre as lesões mais comuns que acometem a população, principalmente mulheres após os 40 anos, estão: cervicalgia (dor e inflamação cervical), tendinite no ombro, epicondilite lateral e medial, túnel do carpo e nervo mediano e os pontos de gatilho, caracterizados por pequenos nódulos nos músculos.
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