A solução da cratera do Jardim Munique está há nove meses emperrada pela burocracia e intermináveis recursos apresentados pelas empresas licitantes. A obra, orçada inicialmente em R$ 342,6 mil, ficou R$ 58 mil mais cara com a passagem do tempo.
A obra prevê a construção de nova rede de coleta de águas da chuva, e um meio de dispersão que evite a formação de nova erosão. Na última medição oficial, a cratera tinha 51 metros de comprimento e 9 metros de profundidade.
A licitação começou em fevereiro deste ano, quando a Prefeitura lançou o primeiro edital. Na época, a obra estava estimada em R$ 342,6 mil. A administração respondeu a dois questionamentos de empresas, deu encaminhamento ao processo e chegou a abrir os dois envelopes com propostas em abril, mas ambas concorrentes foram excluídas do processo por erros na apresentação da documentação.
A “novela” continua com apresentação de recursos das empresas e fechamento do processo de contratação, considerado “fracassado”. O novo edital, atual, foi lançado em setembro, mas o valor da obra já estava majorado pela inflação, com custos estimados em R$ 400,9 mil.
A licitação renovada voltou a ser alvo de recursos. No último dia 28, a comissão deu razão à empresa. A decisão foi publicada na edição de ontem (11) do Diário Oficial do Município. Já se passaram 70 dias desde a reabertura do procedimento de contratação.
A “chuva” de recursos nas licitações foi comentada pelo secretário de Obras, João Batista Muller, em entrevista à rádio CBN. Os questionamentos dos licitantes e a disputa “acirrada” têm prejudicado o andamento das obras antienchentes.
Procurada, a Prefeitura afirmou que enquanto houver recursos “tem que respeitar os prazos e seguir conforme a lei 8.666/1993”.