A tentativa da Prefeitura de São Carlos de vender a folha de pagamento praticamente “passou batido” pelos bancos e o pregão presencial realizado na quarta-feira (22) deu deserto. Com a abstenção, os pagamentos salariais continuam nas mãos do Santander e novo edital será lançado.
Estavam em jogo folha salarial de cerca de 4,6 mil servidores públicos da administração, com movimentação bancária que somou R$ 14,5 milhões líquidos ou R$ 22 milhões incluídos encargos neste mês, de acordo com a Prefeitura. Com o aumento de 6% nos salários aprovado neste mês, o potencial líquido de movimentação beira os R$ 200 milhões anuais.
A movimentação anual representa 10% das reservas são-carlenses em poupança. Números do Banco Central de março – o mais atualizado mostram saldo de R$ 1,98 bilhão nas contas.
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A gestão de folha de pagamentos geralmente é disputada entre as instituições bancárias, que veem a chance de estreitar relacionamento com os servidores. É uma oportunidade de agregar milhares de clientes à carteira, com possibilidade de vender pacotes de serviços e oferecer empréstimos, por exemplo.
No decorrer do edital do pregão presencial, apenas o Santander demonstrou algum interesse pela gestão da folha. O banco espanhol, atual detentor, enviou uma série de questionamentos à administração municipal, uma delas, inclusive, causou uma errata por parte da Prefeitura.
Entre as obrigações constantes no edital estavam a obrigatoriedade de portabilidade para servidores que desejassem manter seus atuais bancos, garantir o saque integral dos valores depositados, comunicar previamente os servidores da incidência de tarifas. A oferta de crédito consignado para o funcionalismo continua aberta a qualquer banco interessado.
Conforme edital do pregão deserto, a forma de escolha do banco que faria a operação de pagamentos seria o maior reembolso. Como não houve vencedor, um novo certame deve ser lançado nas próximas semanas, informou a Prefeitura.
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