O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se contradisseram nesta segunda-feira (25) sobre os trâmites de liberação dos insumos da Coronavac, na China. Enquanto Bolsonaro agradeceu os ministros das Relações Exteriores, Saúde e Agricultura pelo feito, o mandatário paulista tratou de lançar nota oficial contando outra história.
“A Embaixada da China nos informou, pela manhã, que a exportação dos 5,4 mil litros de insumos para a vacina Coronavac foi aprovada e já estão em área aeroportuária para pronto envio ao Brasil, chegando nos próximos dias”, escreveu o presidente no Facebook. “Assim também os insumos da vacina AstraZeneca que estão com liberação sendo acelerada. Agradeço a sensibilidade do Governo chinês, bem como o empenho dos ministros Ernesto Araújo [Relações Exteriores], Eduardo Pazuello [Saúde] e Tereza Cristina [Agricultura]”.
Em nota, o governador de São Paulo disse que “não é verdade o que disse o presidente Bolsonaro em redes sociais, de que a importação de insumos da China foi uma realização do governo federal”. Doria ainda afirmou que é “mentira” que o IFA esteja em aeroporto chinês,
“Todo o processo de negociação com o governo chinês para a liberação de 5.400 litros de insumo para a vacina do Butantan foi realizado pelo Instituto e pelo governo de São Paulo, que vem negociando com os chineses a importação de vacinas e insumos desde maio do ano passado”, disse.
O governo paulista afirmou que haverá, na terça-feira (26), reunião com o embaixador chinês, Yang Wanming. Logo após, terá entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes em que serão detalhados a logística de importação dos insumos da vacina do Butantã, “ainda esta semana”, para o Brasil.
*Com informações da Folhapress