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PolíticaCâmara de São Carlos aprova em 1º turno LDO e PPA

Câmara de São Carlos aprova em 1º turno LDO e PPA

A previsão de orçamento para o próximo ano é de pouco mais de R$ 1 bilhão. Rejeição de emendas aos projetos causou discussão entre os vereadores; confira

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Djalma Nery (PSOL) e Gustavo Pozzi (PL) discordaram sobre inclusão de emendas. Foto: Reprodução/ TV Câmara

 

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a revisão do Plano Plurianual (PPA) de 2022 a 2025, de São Carlos, foram aprovados em primeiro turno durante sessão extraordinária da Câmara Municipal na quinta-feira (17).  

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A previsão para o orçamento do próximo ano é de R$ 1.040.640.927,77. Os projetos da LDO e do PPA receberam cinco emendas. 

O PPA é o instrumento de planejamento governamental que define as diretrizes e metas para organizar e viabilizar a implementação e a gestão de políticas públicas, assim como as ações do governo para os próximos quatro anos.
A LDO orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual, fixa as metas e prioridades da Administração Pública, dispõe sobre alterações na legislação, estabelece metas fiscais, riscos fiscais e os fatores que podem vir a afetar as contas públicas. Ela tem a função de estabelecer a ligação entre as peças de planejamento de curto prazo (Lei Orçamentária Anual) e de longo prazo (Plano Plurianual 2022 – 2025).
A votação em segundo turno está prevista para acontecer no dia 30 de junho, às 10h.  

Discussão sobre emendas  

Após as comissões de Legislação e Justiça e a de Orçamento analisarem todas as emendas apresentadas conjuntamente, apenas cinco delas foram consideradas aptas para integrar as peças orçamentárias enviadas pela prefeitura.  

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A rejeição de 16 de 18 emendas relacionadas aos serviços de saúde mental oferecidos no município foi questionada pelo vereador Djalma Nery (PSOL). “Eu respeito, profundamente, a autonomia das comissões de Legislação e Justiça, mas eu respeito ainda mais a transparência popular. Se eu, como vereador, não estou compreendendo, imagino a população que nos assiste, se ela está compreendendo o motivo da não admissibilidade de uma série de emendas que, novamente, eu insisto, estou com as 18 emendas abertas aqui, muitas delas não implicam em criação de cargos e todas elas apenas remanejam valores”.  

O presidente da Comissão de Legislação e Justiça, Gustavo Pozzi (PL), explicou que elas foram rejeitadas por ferirem a legalidade, já que gerariam custos ao Executivo. “Para a gente seria muito fácil aprovar, jogar para a galera e falar depois que a culpa é do prefeito. Mas uma Câmara que trabalha com seriedade, ela vai privar pela legalidade. Tanto os membros da Comissão de Legislação e Justiça como da de Orçamento entenderam, por unanimidade, que tais emendas tinham problemas de legalidade”.  

Pozzi também afirmou não ter faltado transparência das comissões e deu exemplos de como as emendas rejeitadas invadiriam a atribuição do Executivo, sendo, portanto, ilegais. “Como você aumenta o número de psiquiatras e não cria despesa? Eles vão trabalhar de graça? Eles não vão trabalhar de graça (…). A comissão, em nenhum momento, falta transparência. A comissão, em nenhum momento, age querendo esconder os seus reais motivos para justificar a reprovação das emendas”, disse.  

Saúde e pandemia  

A vereadora Raquel Auxiliadora (PT) disse ter encontrado apenas duas menções sobre a Covid-19 no PPA. Uma delas dispõe sobre ofertar exames de RT-PCR para diagnóstico da Covid-19 para pacientes que apresentam quadro de síndrome gripal; e a outra fala sobre a realização de campanha de vacinação contra Covid-19.  

Em virtude disso, criticou o Governo Municipal e elencou outras questões relacionadas à pandemia que deveriam constar no projeto orçamentário. “Eu não consigo entender, gente. O governo Airton Garcia está brincando de governar essa cidade. Os impactos da pandemia se tornaram cada vez mais evidentes, trazem cada vez mais problemas estruturais para a nossa sociedade”.  

“Como os serviços de saúde vão atender as pessoas com sequelas da Covid? Quais as consequências mentais que a pandemia está trazendo e vai trazer para todos nós? Quantos serviços de saúde vão atender essas demandas de saúde mental? “, questionou Raquel. 

Servidor municipal da Saúde em São Carlos, o vereador Elton Carvalho (Republicanos) também não poupou críticas ao Governo Municipal com relação ao orçamento destinado para a saúde. “Como vamos trabalhar nossos próximos quatro anos com um PPA vergonhoso. Um planejamento vergonhoso para a saúde, onde tem aumentos insignificantes para medicações, aumentos insignificantes para contratação de pessoal. Nós vamos passar por momentos terríveis”.

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