Dois pesquisadores de São Carlos vão fazer parte de grupos de trabalho da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito na manhã de hoje (16) pelo vice eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Integrarão a equipe de transição o ex-presidente da Embrapa Sílvio Crestana, na área de Agricultura, e o professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e ex-presidente do CNPq Glaucius Oliva, no grupo de Ciência e Tecnologia.
Em comum, os pesquisadores participaram da elaboração do programa Ciências Sem Fronteiras, que levou pesquisadores brasileiros a grandes centros de desenvolvimento tecnológico do mundo todo.
Sílvio Crestana
Graduado em física na USP em 1976 e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desde 1984, Sílvio Crestana foi presidente da autarquia entre 2005 e 2009. É um dos principais nomes da pesquisa agropecuária do país, com doutorado na área de Física Aplicada a Solos, às radiações e Teoria da Imagem, com parte experimental de sua tese nas universidades de Trieste e de Roma, na Itália.
Crestana tem pesquisas realizadas nos Estados Unidos, onde foi pesquisador visitante por anos em diferentes centros tecnológicos. O pesquisador tem mais de 200 trabalhos científicos completos, com publicações em revistas nacionais e internacionais.
Em 2010, o cientista recebeu o título de Comendador, da Ordem Nacional do Mérito Científico, nas áreas de Ciências Agrárias, outorgado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Glaucius Oliva
Formado em 1981 como Engenheiro eletricista e eletrônico pela USP, Glaucius Oliva é mestre em física e doutor em Cristalografia de proteínas pela Universidade de Londres. Entre 2011 e 2015, o professor do Instituto de Física de São Carlos ocupou cargo de presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Nos últimos anos, o cientista tem centrado suas pesquisas no campo da biologia estrutural e química medicinal aplicadas ao planejamento e desenvolvimento de novos fármacos, com ênfase em doenças infecciosas endêmicas brasileiras.
É membro da Academia Mundial de Ciências, da Academia Brasileira e tem cadeira na Academia Paulista. Em 2018, recebeu a grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.
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