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PolíticaPlanMob: FGV indica investimentos e planejamento em coletivos, ciclovias e calçadas em São Carlos

PlanMob: FGV indica investimentos e planejamento em coletivos, ciclovias e calçadas em São Carlos

Em relatório, fundação fez avaliação da malha cicloviária e de situação de calçadas no município

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Plano de Mobilidade Urbana foi discutido em audiência pública. Foto: Joice Starcke/CBN São Carlos
Plano de Mobilidade Urbana foi discutido em audiência pública. Foto: Joice Starcke/CBN São Carlos

Relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o Plano Municipal de Mobilidade Urbana aponta que o transporte público de São Carlos passa por uma crise de sustentabilidade, com queda de demanda e necessidade de reforço de subsídios. Técnicos também indicam a mais investimentos no transporte cicloviário e na oferta de melhores condições para pedestres.

Levantamento realizado pela FGV e apresentado em audiência pública realizada na Câmara Municipal na noite de ontem (9) mostra ainda que a rede de transporte coletivo teve planejamento “artesanal” e que a população tem “dificuldade de compreensão da rede”. A baixa frequência das linhas é apontada, ainda, como um dos motivos pela utilização do modal, considerada baixa na cidade.

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A adesão ao transporte por ônibus teve uma recuperação desde o começo da pandemia, mas segue abaixo dos patamares pré-crise sanitária. Atualmente, a média mensal de passageiros está na casa dos 820 mil, mas já fora de 901 mil em 2019. Em 2020 e 2021, ficou entre 524 mil e 547 mil.

A redução do número de passageiros, somada ao aumento do preço do óleo diesel e pressões de custos de insumos e peças, gerou o que a FGV chama de crise de sustentabilidade. Como São Carlos já usa a ferramenta de subsídio para ajudar na conta do transporte, o corpo técnico da fundação apontou para a necessidade de fortalecimento das ferramentas para controlar o desempenho econômico do contrato do ônibus e da qualidade do serviço prestado. Em 2022, cerca de R$ 8 milhões em recursos municipais foram investidos no modal.

“Primeiro, se a cidade está disposta a pagar por um transporte coletivo, ela tem que pensar em um transporte mais eficiente economicamente. O pessoal diz: ‘O transporte coletivo não tem que ter como objetivo o lucro’. Mas tem que ter como objetivo o prejuízo? Não. Há uma eficiência econômica e operacional que tem de ser perseguida”, afirma o consultor Marcos Bicalho, consultor da FGV.

Apesar de todos os problemas apontados, o transporte por coletivos ainda tem potencial para crescimento na cidade. Dos participantes ouvidos por pesquisa da FGV, 30% estão mais dispostos a usar o transporte público, mas sob a condição de redução da tarifa (23%) e aumento da oferta/frequência (18%).

Entre os problemas apresentados pela FGV está a baixa expansão da malha de ciclovias e ciclofaixas, dentro da proposta do Plano Cicloviário de São Carlos apresentado em 2012. Dos 86,3 km previstos, há somente 16,8 km (menos de 20% do total) concretizados. O que se vê, em mapa, são pequenos trechos que não se conectam e grande parte fruto de contrapartidas de incorporadoras.

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“É importante que a Prefeitura aproveite os investimentos para fazer isso [a expansão], mas não pode ficar refém disso. Tem alguns segmentos que ela própria vai ter que fazer, pois não vai ter um mecenas que vai construir a ciclovia. Tem que combinar ações privadas e públicas”, comenta.

Entre os pontos que devem ser aprofundados, afirma a fundação, é a expectativa de ampliação da rede atual, a necessidade de conectar os vários segmentos atualmente isolados e a acessibilidade à região central da cidade. Também são pedidos equipamentos para estacionamento de bikes e sistema compartilhados – alternativa de viabilidade econômica mais questionada.

“Para 15% dos entrevistados, quando questionados sobre onde a Prefeitura deveria mais investir foi apontada a estrutura para bicicletas”, avalia.

Já na mobilidade a pé, o índice de caminhabilidade calculado pelo corpo técnico da instituição mostra que, em pontos vistoriados, pode até haver pavimentação decente e bom fluxo de pedestres, mas há, em qualquer das regiões pesquisadas, insuficiência da iluminação pública. Foram analisadas ruas do Centro, Vila Prado, Cidade Aracy, Maria Stella Fagá, acesso à UFSCar e Santa Felícia.

“Nós colocamos a equipe na rua, com prancheta anotando cada característica da calçada, como se tem lixo ou não, se há buracos. Foi atribuída nota para ter um termômetro da situação”.

“Como conclusão, a recomendação é um choque de investimento gradativo, progressivo e permanente para melhoria de calçadas e redesenho urbano. Isso é implícito que a principal característica seja a acessibilidade”, conclui.

Grande caixa preta, afirma Djalma
O vereador Djalma Nery (PSOL) avaliou que o transporte coletivo de São Carlos é “verdadeira caixa preta”, no sentido da falta de transparência. O parlamentar defendeu, na audiência pública, que um modelo de fretamento dos ônibus pode ser mais interessante do que por remuneração via tarifas.

“Sempre defendemos a máxima é que uma cidade avançada é onde não todos andam de carro, mas até as pessoas mais ricas andam de transporte público, porque tem oferta e qualidade”, avalia.

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