O prefeito de Pirassununga (SP), Dr.Dimas Urban (PSD), foi cassado pela Câmara Municipal na terça-feira (18), por oito votos a favor e dois contra, por conta irregularidades em contratações de serviços, omissão e outros pontos durante a pandemia. O político defendeu que o julgamento foi politico e que vai recorrer da decisão.
Por telefone, o ex-prefeito disse à reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, que a cassação foi um julgamento político e que todas as acusações não têm fundamento. A defesa dele vai recorrer da decisão.
O vice-prefeito de Pirassununga, José Carlos Mantovani (DEM), tomou posse durante a tarde. Ele convocou uma reunião emergencial com secretários municipais na quarta-feira (18), às 7h, para discutir novas estratégias para o município.
Urban foi eleito prefeito em novembro de 2020, com 24.793 votos (68,55% dos votos).
Comissão especial
Em outubro do ano passado, uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), presidida pelo vereador César Ramos da Costa, o Cesinha (PSD), foi criada para apurar as denúncias apontadas por um morador.
Após 120 dias de investigação, a CEI constatou: irregularidades na prestação de serviços de empresas terceirizadas e nos planos de trabalho; omissão do Executivo frente às dificuldades no enfrentamento à Covid-19; ausência de instrução formal dos convênios e estudo de outras propostas de trabalho; falta de uma avaliação prévia criteriosa de como seriam prestados estes serviços; falta de fiscalização concomitante e posterior.
Segunda cassação na cidade
Essa é a segunda cassação de prefeito da cidade em menos de dois anos. Em fevereiro de 2020, prefeito Ademir Lindo (sem partido) foi cassado por ação incompatível com o decoro do cargo.
O político foi condenado em segunda instância por assediar e beijar a boca de mulheres à força durante o mandato anterior. Na ocasião, quem assumiu foi Dr.Dimas Urban, hoje também cassado.
*Informações de g1 São Carlos e Araraquara.