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Política"Puxadinhos", diz vereador sobre prédios da Câmara e Prefeitura

“Puxadinhos”, diz vereador sobre prédios da Câmara e Prefeitura

Reeleito vereador pelo PSDB, Marquinho Amaral disse que é necessário construir novas sedes. Vereador também falou sobre pandemia e enchentes; confira

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Vereador Marquinho Amaral (PSDB). Foto de arquivo: Divulgação/ Câmara Municipal de São Carlos

 

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Após receber 1.344 votos nas Eleições 2020, Marquinho Amaral (PSDB) foi reeleito para o seu sexto mandato na Câmara Municipal de São Carlos. Em entrevista concedida ao ACidade ON São Carlos, que faz parte de uma série do jornal com os 21 vereadores eleitos na cidade, o político disse que seu objetivo será trabalhar para melhorar a saúde na cidade: “Eu sempre trabalhei pelo esporte e a educação, mas nós vamos trabalhar bastante agora, a prioridade número um do meu mandato vai ser a saúde. Nós vamos lutar pela saúde”. 

Filho do ex-vereador Francisco Xavier Amaral Filho (Xavierzinho), Marquinho foi eleito pela primeira vez aos 21 anos, em 1992. “Meu irmão havia sido vereador por alguns mandatos e naquela eleição resolveu não disputar mais. E eu, com 21 anos, acompanhava sempre meu pai, que foi por mais de 40 anos político aqui na cidade. E eu decidi então, em 1992, com 21 anos, ser candidato a vereador pela primeira vez. Era o meu primeiro voto, nós usamos esse slogan. Eu acabei sendo o vereador mais votado naquela ocasião”. 

Reeleito em 1996 e 2002, o político já integrou as comissões de Justiça e Redação, e de Economia, Finanças e Orçamento, a qual presidiu. Além disso, foi presidente da Câmara Municipal no biênio 2013-2014. 

Pandemia e enchentes 

Com quase 30 anos de experiência na política local, Marquinho disse que os vereadores e o prefeito devem se concentrar na saúde pública e em resolver ou mitigar o problema das enchentes. “Se eu fosse prefeito, me concentraria em duas grandes frentes: a saúde pública pós-pandemia, e durante a pandemia, porque ela vai durar mais alguns meses, um ano até, se nós continuarmos nessa lentidão com as vacinas; e também as enchentes, é o grande desafio”. 

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Questionado sobre a destinação de apenas R$ 800 mil para obras contra enchentes, o que representa 0,08% do orçamento de R$ 1 bilhão previsto para 2021, o político, que votou a favor dessa proposta, disse que não seria possível reservar um valor maior. “A cidade de São Carlos tem um orçamento comprometido, nós temos um percentual que não chega a 10% de investimento. O resto são despesas fixas na saúde, na educação, na manutenção dos funcionários da prefeita, no custeio da máquina administrativa. Então nós não temos dinheiro suficiente para reservar 10, 20% do orçamento, para as enchentes”. 

Segundo o vereador, uma solução para aumentar o investimento em obras contra as enchentes na cidade seria elaborar projetos e buscar financiamento do governo estadual e federal. “Nós temos que reservar aquilo que o cobertor consegue cobrir e temos que ir atrás de financiamento, dinheiro a fundo perdido. Nós temos no governo federal, no governo do estado, estruturas e verbas para as enchentes. Várias cidades conseguiram acabar ou minimizar, e muito, as enchentes com projetos que foram apresentados aos governos do estado e federal. Nós temos que fazer o mesmo”. 

Um fator que também pode ajudar a cidade a conseguir mais recursos é conseguir eleger um deputado em 2022. Atualmente, São Carlos não conta com nenhum representante na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e na Câmara dos Deputados. “Faz falta a gente não ter um deputado na cidade. O Lobbe perdeu as eleições em São Carlos, fora daqui ele teve 80 mil votos aproximadamente. Infelizmente, São Carlos preferiu dar 12 mil votos para o filho do Bolsonaro e não reeleger o deputado Lobbe, que sempre trabalhou com muita seriedade e honestidade na cidade”, disse Marquinho Amaral. 

O vereador ressaltou que o alto número de candidatos da cidade acaba dividindo muito os votos da população. “Eu acho que é uma responsabilidade de classe política, que lança 10, 12 candidatos a deputado estadual, seis para deputado federal. Isso acaba desmotivando, eu mesmo, na última eleição, acabei apoiando um deputado estadual de outra cidade, porque eu vi, pela pulverização que aconteceu, que nós não iríamos eleger ninguém”. 

Oposição? 

Apesar de apoiado o Netto Donato (PSDB) para prefeito nas eleições do ano passado, Marquinho Amaral disse que é amigo de Airton Garcia (PSL) e vai apoiar as boas decisões do prefeito. “Eu tenho um respeito muito grande e uma amizade de família com o Airton Garcia, só que eu sempre deixei claro pra ele, nas últimas duas eleições que ele disputou e venceu, eu não o apoiei, porque eu tinha o compromisso com o Netto”. 

“Nós resolvemos ficar neutros na câmara, uma postura de independência, aquilo que for bom para a cidade, nós vamos votar favorável, aquilo que for ruim, nós vamos ser contrários”, complementou Marquinho Amaral. 

Prédios novos para a Câmara e a Prefeitura de São Carlos

Questionado sobre a necessidade de construir um novo prédio para a Câmara Municipal, o político disse que se arrepende de não ter dado continuidade nessa proposta quando foi presidente da Casa de Leis. “Eu acho que a Câmara passou da hora de ter um prédio mais amplo, com maior segurança, acessibilidade, para a população. Eu fui presidente da câmara no biênio 2013-2014 e tinha até um anseio da imprensa, dos vereadores da época, das lideranças políticas, até lideranças que eram oposição a mim, para nós fazermos um prédio naquele momento. E eu me arrependo, a cidade estava numa fase boa, nós tínhamos condições de estar fazendo o prédio, eu me arrependo de não ter feito”. 

Por conta da pandemia e da crise econômica, Marquinho Amaral disse que é preciso analisar se agora é o melhor momento para fazer esse investimento. “Estamos vivendo um momento de pandemia, de crise no país, então precisamos debater amplamente isso e ver se é viável para a cidade ou não a construção do prédio nesse momento, mas que há necessidade de um novo prédio para a Câmara Municipal, isso é inegável. Assim como há necessidade de construção de um prédio moderno, amplo, acessível, para a Prefeitura de São Carlos. Hoje, tanto a câmara como a prefeitura estão em puxadinhos”, afirmou. 

Apesar de entender que é necessário construir novos prédios para abrigar o Legislativo e o Executivo, o vereador disse que é contra a compra do prédio da antiga Faber para sediar a prefeitura. “Aquele prédio da Faber tem 70 anos, é um prédio com hidráulica, elétrica, completamente acabada, sem acessibilidade, embaixo passa um rio, inclusive causa transtornos, enchentes. Ali não é local para a prefeitura comprar e fazer a sua sede, porque vai ser um outro puxadinho. Nós temos que pensar como Ibaté pensou, modernamente, fazer um prédio funcional, pré-moldado, de primeiro mundo. O custo desse prédio seria muito menor do que a compra do prédio da Faber. Então eu sou contra e continuarei sendo contra”, afirmou. 

Confira algumas curiosidades sobre Marquinho Amaral: 

Um ídolo?
Fernando Henrique Cardoso 

Time do coração?
Corinthians 

Um livro de cabeceira?
O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. 

Estilo musical?
Sertanejo raiz 

Em uma palavra, no seu mandato como vereador não vai faltar?
Seriedade
 

Perfil  

Marco Antônio Amaral está em seu quinto mandato como vereador. Em 1992, foi eleito vereador pela primeira vez aos 21 anos, e reeleito em 1996 e 2000. Nas eleições de 2012 foi eleito novamente, reeleito em 2016 e agora vai para o seu sexto mandato na Câmara Municipal de São Carlos após receber 1.344 votos. 

Além disso, também foi primeiro suplente do PSDB na Câmara Municipal na legislatura 2009-2012, assumindo a vereança na vaga do vereador Dorival Mazola, falecido em 2011. 

Filho do também político Francisco Xavier Amaral Filho (Xavierzinho), Marquinho é casado e pai de um filho. 

Aos 49 anos, o vereador já integrou as comissões de Justiça e Redação e a de Economia, Finanças e Orçamento, a qual presidiu. 

Além disso, já foi presidente da Câmara Municipal e chegou a atuar como assessor parlamentar do então deputado federal Lobbe Neto (PSDB). 

Leia mais:   

– Vereadora quer incluir educação sexual no currículo escolar 

– Projeto para volta às aulas exige imunização ou plano de contingenciamento

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