Um em cada três casos de dengue em São Carlos está concentrado na região da Vila Nery. O município viu disparar o número de infecções pela doença no último mês. Ações de bloqueio são realizadas em diferentes pontos.
Os números da doença na cidade tiveram aumento vertiginoso nos últimos 18 dias. O total de casos saltou de 128 para 239 no período. O município teve um “apagão” nos dados de dengue, que, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, se deve a problemas na plataforma de informações do governo federal.
Entre 5 e 22 de maio, São Carlos anotou 111 casos da doença, próximos aos 128 contados entre 1º de janeiro e 4 de maio. E os números podem ser ainda maiores, segundo a chefe da equipe de Controle de Vetores Denise Scatolini.
“A gente pede para que a população que tenha sintomas de dengue procure a unidade de saúde mais próxima para ser atendido e o caso ser notificado. Isso é muito importante”, afirma.
A combinação de pessoas infectadas e mosquitos da dengue circulando resulta em mais casos, mais circulação de vírus e mais doentes. “Enquanto o mosquito estiver por aí voando com o vírus ele vai picar as pessoas e passar a doença”, relata.
Desta vez, a região da Vila Nery – que inclui a Vila Faria, Jardim Brasil e Rancho Velho, entre outros bairros – é a de maior disseminação da doença. Moradores devem se atentar aos seus quintais para eliminar eventuais criadouros do Aedes aegypti.
“Tem uma grande quantidade de casos provenientes desta região. Não é que nos outros bairros não tiveram casos, mas sim, teve muita gente doente na área”, explica.
Por causa de “transmissão desencadeada”, o município não realizou o tradicional levantamento de índice larvário em abril. Denise afirma que o protocolo determina dar prioridade ao bloqueio, não à contagem. Em julho e outubro os levantamentos estão mantidos, garante.
QUINTAIS E TERRENOS LIMPOS
Para garantir que o Aedes fique longe das residências, Denise reforça que a população faça a vistoria semanal do quintal. Donos de terrenos devem mantê-los limpos, sem entulho ou mato alto.
A “praga egípcia” é polivalente. Consegue transmitir arboviroses como dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela. São doenças que podem matar.
Sintomas da chikungunya
- Febre;
- Dores intensas nas articulações;
- Dor nas costas;
- Dores pelo corpo;
- Erupção avermelhada na pele;
- Dor de cabeça;
- Náuseas e vômitos;
- Dor retro-ocular;
- Dor de garganta;
- Calafrios;
- Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).
Sintomas de dengue
- Febre alta > 38°C;
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
LEIA MAIS
Bancos tomam medidas para prevenção de golpes e fraudes e dados serão compartilhados