O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (4) o plano de enfrentamento da varíola dos macacos monkeypox, que inclui a definição de hospitais que serão referência para casos mais graves. Também foram apresentadas as ações para ampliação do diagnóstico, vigilância e capacitação da rede de saúde pública.
Ao todo, serão 93 hospitais estaduais, universitários e de maternidade que darão retaguarda para casos com necessidade de internação de pacientes e leitos de isolamento ou Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Para casos leves, o atendimento ambulatorial será feito pelo próprio município através das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A rede também terá vigilância laboratorial e genômica da Monkeypox através de laboratórios públicos e privados, sob o comando do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Instituto Adolfo Lutz, que fará a vigilância genômica dos casos no Estado, acompanhando o comportamento da doença e análise do vírus em circulação.
Outros laboratórios também serão credenciados para a realização de exames PCR em Tempo Real e RT-PCR para detecção do DNA do vírus. Desta rede farão parte o Instituto Butantan e laboratório universitários e privados.
Atendimento e capacitação
Até o momento foram realizadas três ações de capacitação e treinamento para cerca de 3 mil profissionais da saúde, iniciativa que será intensificada neste mês com as redes pública e privada.
O Centro de Vigilância Epidemiológica do Governo de São Paulo também instalou um serviço 0800, com médicos plantonistas 24 horas à disposição para orientar e esclarecer dúvidas dos profissionais de saúde das redes pública e privada sobre diagnóstico e manejo clínico dos pacientes infectados com o vírus da Monkeypox.
A Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox ainda terá uma sala de situação, já ativada. Denominada “Centro de Controle e Integração” (CCI), é formada por 24 especialistas de diferentes instituições, entre cientistas, epidemiologistas, virologistas, infectologistas e professores universitários.
Segundo o governo estadual, os tratamentos para os pacientes são feitos com os medicamentos Tecovirimat, Cidopovir/Brincidovir e Triflovrodime. Para gestantes, o protocolo espacial prevê acompanhamento do município e indicação de parto cesárea em unidade de saúde de alto risco.
Cenário epidemiológico
Hoje, São Paulo contabiliza 1.298 casos de monkeypox, sendo que 97% foram positivados em homens e a média de idade é de 33 anos. Na região, São Carlos confirmou dois casos e Rio Claro, Araras, Descalvado e Matão têm um caso confirmado.
No Estado, entre os locais mais prováveis de exposição estão: domicílio (37,67%), festa com contato sexual (36,76%), ocupacional (11,19%) e bar sem contato sexual (7,31%).