Ao longo dos anos, a maneira de plantar café passou por significativas transformações devido à evolução das técnicas de cultivo e colheita. Com isso, algumas práticas tradicionais deixaram de ser utilizadas, enquanto outras perduram até hoje. No entanto, será que todas essas práticas são verdadeiramente benéficas? O engenheiro agrônomo Gustavo Rennó, apresentador do “No Pé do Café” (EPTV), esclarece as dúvidas sobre o momento de “colocar a mão na massa”.
Arruação antes da colheita
Essa era uma prática amplamente empregada pelos agricultores e há quem a utilize até os dias de hoje. A técnica consiste em usar uma enxada para raspar a base da planta de modo que os grãos de café caiam e possam secar ali mesmo. A matéria orgânica que caía ali beneficiava a proteção do solo e o desenvolvimento da planta. Ao longo dos anos, essa técnica quase desapareceu. Após esse processo, era necessário devolver a terra à base da planta, conhecido como “colocar o cisco” e, com o tempo, percebeu-se que essa prática de raspagem poderia expor as raízes das plantas, alcançando o talhão e, consequentemente, trazer riscos à vegetação.
Cuidado ao devolver o cisco para o pé do café, pois você pode estar levando sementes de cipó. Se isso acontecer, utilize herbicida imediatamente para conter a propagação.
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Cobertura do solo
Uma das práticas mais seguras na cafeicultura, a técnica é uma proteção do solo. O uso da braquiária continua sendo uma das melhores formas de proteger a plantação contra chuva, radiação solar e danos ao solo. Além disso, ela contribui para a produção de matéria orgânica benéfica para a planta.
Realizar esse processo pode ser vantajoso em casos específicos, mas não é uma técnica que deve ser considerada indispensável. Avalie quais benefícios ela pode trazer e só a execute se houver tempo disponível no cronograma de plantação. Dê prioridade a outros processos que sejam mais essenciais. Se sobrar tempo, então sim, você pode “colocar a mão na massa”.
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