11 de dezembro de 2024
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A ascensão do Pop Punk em 2024

Da influência de Travis Barker ao I Wanna Be Tour; confira a trajetória do retorno do Pop Punk até 2024

Da influência de Travis Barker ao I Wanna Be Tour; confira a trajetória do retorno do Pop Punk até 2024. (Foto: Redes Sociais)

O termo Pop Punk combina a temática mais “revoltada” do punk com a comercialidade e fácil disseminação do pop. O gênero surgiu por volta dos anos 1970, mas começou a ganhar forças a partir da década de 90 com o aparecimento de bandas e artistas que conquistaram o público.

No final do século XX, nomes como Blink-182, Green Day e The Offspring, seguidos por Simple Plan, Fall Out Boy, Paramore, Avril Lavigne e outros artistas como My Chemical Romance, que incorporaram a estética emo ao gênero, foram responsáveis pela primeira leva de expansão do Pop Punk.

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No entanto, a ascensão do Pop Punk foi efêmera, e por volta de 2010 começou a perder forças. Poucos poderiam prever que quase uma década mais tarde, o gênero ressurgiria das cinzas, cativando uma nova geração de ouvintes e evocando nostalgia nos antigos. “Desde a infância eu acompanhei o pop punk, ouvi muito Blink, Green Day, Simple Plan quando criança, mas desde a baixa lá por meados de 2013 engavetei o gênero e deixei apenas na nostalgia”, explica Jota, fã de Pop Punk. “Vendo essa volta recentemente, comecei a acompanhar os artistas novos que acabaram encabeçando a cena emergente, fazendo muitas bandas voltarem a atividade e reacender o que faltava pro gênero vingar novamente”, destaca ele.

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E este retorno tem uma dupla de culpados: Machine Gun Kelly e Travis Barker. Ao ser questionado sobre quem merece crédito pela volta do Pop Punk à mídia, João Andrade que também acompanha o gênero desde os anos 2000, comenta: “O MGK largando o Rap e estourando um álbum inteiro de Pop Punk, que ganhou alguns prêmios lá pra época de pandemia, e Travis Barker que fez diversas parcerias com rappers e outros artistas mais novos que ajudaram a modernizar e difundir o gênero novamente”.

Créditos: Redes Sociais

Travis, o baterista de Blink-182, uma das bandas mais queridinhas do Pop Punk, lançou sua própria gravadora em 2019, ao mesmo tempo em que participou da produção do álbum “Tickets To My Downfall”. Disco que marcou não somente uma virada de gênero na carreira de MGK, mas resgatou uma estética que havia sido deixada para trás indústria musical.

A partir de então, nomes como Jaden Hossler e Willow começaram a ganhar espaço nos holofotes, frequentemente em colaboração com Barker, que também assinou com Avril Lavigne, uma das cantoras mais relevantes do Pop Punk nos anos 2000, e retomou sua produção musical no estilo. “Muitas bandas tem somado parceria com outros artistas, até mesmo de outros gêneros, para levar o seu som adiante, antes era algo improvável de se ver, vocalista de banda × cantando em banda y, baterista fazendo parcerias”, argumenta Jota.

Créditos: Redes Sociais

Que o Pop Punk estava em alta pós-pandemia já era evidente, e quem achava não iria vingar por muito tempo estava errado. Atualmente, a inserção de artistas do gênero em line-up de festivais se destaca, junto de anúncios de turnês, e o nascimento de festivais dedicados exclusivamente a artistas que deixaram sua marca na cena.

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Neste ano, o Brasil contou com a primeira edição do I Wanna Be Tour, que trouxe diversas atrações nacionais e internacionais do Pop Punk. Entre destaques estavam The Used, A Day To Remember, All Time Low, Simple Plan, NX Zero, Pitty e Fresno. O evento revigorou as emoções de um publico que aguardava esse momento há anos, “Os fãs que antes eram os adolescentes fãs de bandas que não tinham poder de compra e dificilmente iriam conseguir convencer seus pais de comprarem ingressos para os shows do passado, agora são adultos que podem bancar suas coisas”, diz João Andrade, fã que estava presente no evento.

Em meio a isso tudo, é inevitável não reconhecer a influência que as redes sociais, especialmente o Tik Tok tiveram. Desde 2020, tendências com musicas de Pop Punk tem se espalhado pelo aplicativo. Além disso, a popularização de criadores que abraçam a estética como: Johhny Guilbert, Landon Barker, Jake Webber e até mesmo Jaden Hossler, continuam a induzir a nova geração a igualmente usufruir do estilo.

Hoje em dia o gênero segue a ser bem recebido pelo publico, que consentem que a união de bandas do passado com novas revelações são capazes de criar um equilíbrio. “Acredito que hoje em dia a cena tem uma diversidade maior, temos visto isso constantemente. Fora a mescla de artistas do passado com os novos, e os novos com as bandas clássicas da época. Creio que isso trouxe o respiro de algo que parecia estar “saturado”, passou a se renovar e ainda vem se renovando”, menciona Jota. Assim, o estilo possivelmente ainda tem um longo caminho para percorrer e deve atrair ainda mais pessoas para o mundo do Pop Punk.

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Marisa Savioli
Assistente de mídias no Tudo EP e a A Cidade ON, é graduanda em Produção Audiovisual pela ESAMC. Adentrou no Grupo EP em 2023 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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