A forma como a música é reproduzida passou por diversas transformações ao longo dos anos. Essa evolução afetou tanto a maneira na qual as composições são distribuídas, quanto a forma em que os fãs consomem o produto.
Na década de 50, a música podia ser ouvida apenas pelo rádio e era vendida em discos de vinil. Hoje, temos uma variedade de plataformas, gratuitas e pagas, que oferecem tanto músicas comercializadas quanto trabalhos independentes. Essa transição do vinil ao streaming afetou artistas e gravadoras, modificando todos os estilos musicais, especialmente o rock.
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A evolução do Rock: do vinil ao streaming
De acordo com o podcast “História do Rock” do Jornal da USP, quando o gênero começou, ele era reproduzido em vinis compactos simples. O disco tinha dois lados, A e B: o lado A trazia a música comercializada pelas rádios, enquanto o lado B apresentava uma faixa menos importante para divulgação.
Nos anos 60, surgiu o LP, um disco de vinil com cerca de 12 músicas, que substituiu o compacto simples no mercado. Artistas e bandas de rock passaram a gravar álbuns completos para mostrar todo seu potencial, em vez de focar em apenas um single para a rádio.
Na década de 70, várias lojas de música começaram a surgir, enchendo prateleiras com discos e álbuns diversos. Na mesma época, surgiram as rádios FM, que tocavam música o tempo todo, influenciando os sons e artistas consumidos pelo público.
Com a popularização da televisão, surgiu a MTV (Music Television) em 1981, revolucionando a indústria fonográfica. A rádio começou a perder força, e os artistas de rock passaram a investir em videoclipes para serem transmitidos no canal, já que aparecer na MTV era sinônimo de sucesso.
O professor Mario De Vivo comenta no podcast que, com a MTV, houve um avanço significativo na forma como a música era reproduzida. Nos anos 80, surgiu o Walkman, permitindo às pessoas ouvirem fitas cassete com fones de ouvido. Pouco depois, apareceu o Discman, oferecendo a capacidade de ouvir CDs em qualquer lugar.
Fim da distribuição física
Nos anos 90, a revolução digital introduziu o MP3 e, logo depois, o iPod, que podiam carregar centenas de músicas. Surgiram também sites de distribuição gratuita, permitindo que artistas independentes disponibilizassem suas músicas em formato MP3. Isso causou uma guerra entre gravadoras e sites até a chegada dos serviços de streaming.
Com os streamings, a música tornou-se totalmente digital, eliminando a distribuição física de discos, LPs, CDs e até MP3s, que foram substituídos por playlists. Com aplicativos de streaming, você paga uma assinatura mensal para ouvir qualquer música, ilimitado e em qualquer lugar, com ou sem internet. Hoje, os discos de vinil ainda são vendidos, mas por um preço alto e são comprados principalmente por colecionadores.
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