A trajetória de Barretos está totalmente ligada à história do rodeio brasileiro. Até 1955, Barretos mantinha sua essência como uma cidade cuja principal atividade econômica girava em torno da pecuária. Como ponto de passagem obrigatória dos “corredores boiadeiros” (rotas de transporte de gado entre diferentes estados).
Em um sábado de 1947, durante a quermesse da Prefeitura Municipal na praça central, aconteceu o primeiro rodeio do Brasil. Realizado em um cercado com arquibancadas, foi um marco importante na história do rodeio em Barretos.
Em 1955, um grupo de jovens solteiros, ligados à agropecuária local, fundou “Os Independentes”. Eles começaram a organizar eventos para arrecadar fundos para entidades assistenciais. Em 1956, a primeira edição da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos foi lançada. Sob a lona de um antigo circo, surgiu o modelo do bem-sucedido evento rural que se tornaria o expoente do Brasil. O rodeio ocupava o centro do palco desde a primeira edição, transformando os peões que outrora viajavam pelo país em estrelas do cenário de Barretos.
Naquele momento, ninguém poderia antecipar que a história dos peões de boiadeiro e o destino de Barretos estavam destinados a uma transformação. A cidade se tornou a capital do rodeio brasileiro. Cada aspecto do evento em Barretos se converteu em modelo para outras localidades que também abraçaram festas semelhantes.
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Na década de 60, o número de eventos relacionados ao rodeio no Brasil cresceu notavelmente, especialmente em São Paulo. Muitos peões, que eram simples trabalhadores, agora competiam e percorriam o país em busca de prêmios. No entanto, Barretos permanecia como o destino que todos cobiçavam. Ano após ano, a Festa de Barretos se expandia e ganhava notoriedade, alcançando o status de evento nacional. O Festival do Folclore de Barretos, por sua vez, contava com a participação de países da América do Sul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, além de diversas regiões do Brasil.
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