O programa para carros mais baratos já teve R$ 320 milhões reservados pelas montadoras, dos R$ 500 milhões disponibilizados pelo governo federal, de acordo com a atualização do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) divulgada nesta segunda-feira (19).
Em menos de duas semanas, o programa já consumiu 64% dos créditos tributários previstos para o incentivo. O programa tem como objetivo conceder um total de R$ 500 milhões em descontos para os consumidores. Além disso, foi reservado R$ 1 bilhão para incentivar a substituição de ônibus e caminhões com mais de 20 anos de uso.
Até a manhã desta segunda-feira (19), as montadoras receberam autorização para utilizar os seguintes valores:
– FCA Fiat Chrysler – R$ 130 milhões
– Volkswagen – R$ 50 milhões
– Peugeot Citroen – R$ 40 milhões
– Renault – R$ 30 milhões
– GM – R$ 20 milhões
– Hyundai – R$ 20 milhões
– Honda – R$ 10 milhões
– Nissan – R$ 10 milhões
– Toyota – R$ 10 milhões
A lista de automóveis incluídos no programa não sofreu alterações desde quinta-feira (15). São 266 versões de 32 modelos.
Os descontos oferecidos pelo governo variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil e são válidos para veículos novos com preços de mercado de até R$ 120 mil. As montadoras podem aplicar descontos adicionais por conta própria, levando em consideração critérios como maior eficiência energética, maior densidade industrial e menor preço.
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MANIFESTAÇÃO DO GOVERNO
Para o vice-presidente Geraldo Alckmin, o limite de R$ 1,5 bilhão definido para o programa automotivo “não é uma decisão definitiva”.
A fala surgiu após Lula dizer em uma reunião ministerial que gostaria de ver o programa automotivo ter uma continuidade. Ao final do encontro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que era uma brincadeira do presidente da República, pois “não há espaço fiscal reservado pela equipe econômica para estender o programa automotivo”.
“Essa prorrogação do programa vai ser decidido um pouco mais para frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas provavelmente acabou os R$ 500 milhões, valor reservado para ajudar na compra de carros, acabou o programa, o estímulo”, afirmou o vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. “Agora, o fato é que o programa foi um sucesso. E mostrou o seguinte: reduza um pouco a carga tributária que vende mais”, acrescentou.
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