14 de dezembro de 2024
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Gravidez e bebê

Grávidas e lactantes devem tomar reforço da vacina contra covid-19

Grávidas e lactantes também devem tomar a dose de reforço da vacina contra a covid-19? Veja orientações dos especialistas.

Assim como toda a população adulta, quem está grávida ou amamentando precisa tomar a dose de reforço. Saiba tudo sobre o assunto e entenda qual imunizante você deve receber.

Já são quase dois anos de convivência com o coronavírus. Embora, no Brasil, os números tenham melhorado, sobretudo por conta das altas taxas de vacinação da população, é preciso lembrar que a pandemia ainda não acabou. Novas variantes, como a Ômicron, que tem ganhado destaque nos noticiários mundiais e já foi notificada em território nacional, continuam surgindo. Antes das vacinas, as grávidas e puérperas eram alguns dos grupos mais atingidos pelo vírus. Agora, o cuidado deve continuar redobrado.

O Ministério da Saúde anunciou recentemente que a população adulta, já totalmente imunizada com as duas doses ou com a dose única, no caso da vacina da Janssen, deve tomar uma dose de reforço depois de cinco meses. E como ficam as grávidas e mães que amamentam? Conversamos com a imunologista Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) para entender o assunto.

Grávidas precisam tomar a dose de reforço da vacina contra a covid-19?

De acordo com a médica, sim. A orientação que vale desde o dia 17 de novembro é que todos os indivíduos com mais de 18 anos, incluindo gestantes e puérperas, tomem uma dose de reforço da vacina contra a covid-19, que deverá ser administrada cinco meses após a última dose do esquema vacinal primário dos imunizantes Pfizer, Astrazeneca e Coronavac. “A vacinação das gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), a partir de 18 anos, deve ser realizada com as vacinas que não contenham vetor viral, ou seja, a Coronavac ou a Pfizer”, explica a imunologista.

Segundo Lorena, o avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil já permitiu alcançar notáveis ganhos em saúde pública, reduzindo de maneira significativa a ocorrência de casos graves e óbitos. “No entanto, uma vez que existe uma tendência à redução da efetividade das vacinas com o passar do tempo e considerando a possibilidade de amplificação da resposta imune com doses adicionais, é recomendado o reforço”, afirma.

E as mães que amamentam? Lactantes também devem tomar o reforço?

De acordo com a médica, toda a população a partir de 18 anos deve seguir a recomendação do reforço cinco meses após a segunda dose do esquema vacinal primário. Isso é importante para a saúde da mãe e há possibilidade de proteger também o bebê. “Não podemos garantir a imunidade do lactente, mas, alguns estudos evidenciaram a presença de anticorpos no leite materno e a transmissão transplacentária no último trimestre de gestação. O mais importante, porém, é imunizar a mãe , que indiretamente protegerá o filho por meio da proteção que chamamos de casulo”, afirma a médica.

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A estratégia de casulo é válida para os bebês não só com relação à vacina da covid-19, mas também a outras doenças infecciosas, como a coqueluche, por exemplo. Antes de a criança estar com o sistema imunológico desenvolvido ou de ter completado esquemas vacinais, é importante que a família e todas as pessoas que tenham contato com ele estejam vacinadas. Assim, ele também fica protegido.

A covid-19 continua sendo mais perigosa para grávidas?

Depende. A resposta varia, de acordo com o cumprimento ou não do esquema vacinal da mulher. “A situação da gestação deixa a mulher em condição de evoluir com maior gravidade, caso contaminada pela covid-19, mas, se ela já tem o esquema primário, não há, teoricamente, uma prioridade. Ela deve seguir o esquema conforme população geral, exceto pelo fato de poder receber exclusivamente a vacina da Pfizer para este reforço”, pontua a especialista.

Como fazer para se vacinar?

Se você tomou a última dose da vacina contra a covid-19 há cinco meses ou mais, procure o posto de saúde mais próximo, com a carteirinha de vacinação ou comprovante vacinal. Se você está grávida ou amamentando, leve um atestado médico comprovando a condição e, se possível, uma orientação do seu profissional de saúde sobre qual tipo de imunizante tomar.

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