15 de dezembro de 2024
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Letícia Sabatella comenta sobre diagnóstico tardio de autismo

Em entrevista ao Fantástico (EPTV/TV Globo), atriz contou como tem lidado com o transtorno e de que forma a carreira a ajudou nesse processo

Em entrevista ao “Fantástico” (EPTV/TV Globo), atriz contou como tem lidado com o transtorno e de que forma a carreira a ajudou nesse processo. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A atriz Letícia Sabatella foi diagnosticada com um grau leve do TEA (Transtorno do Espectro Autista) aos 52 anos de idade. Em entrevista ao “Fantástico” (EPTV/TV Globo), exibida neste domingo (17), ela deu detalhes sobre alguns efeitos do distúrbio, como o de se sentir mal fisicamente em algumas situações, por conta da hipersensibilidade, um dos sintomas típicos de quem pertence ao espectro.

Mesmo com a descoberta tardia, após os 50 anos, a atriz contou que se sentiu aliviada com o diagnóstico. “A sensação foi libertadora. Estou neste flerte de buscar a melhor compreensão sem desespero algum”, afirmou. “Estou aprendendo sobre esse assunto. Sei sobre mim, intuitivamente. Esse é o valor de um bom diagnóstico. A pessoa que não se conhece é mais suscetível a ser oprimida”, acrescentou.

A hipersensibilidade sensorial como a de Letícia está entre os sintomas típicos do TEA. Os outros sinais na fase adulta são dificuldades de socialização, foco excessivo no trabalho, aversão a mudanças de rotina e problemas para compreender a comunicação não verbal. Mas cada pessoa com autismo possui particularidades em sua condição. 

 

 

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O transtorno reúne aspectos do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. No caso do TEA, pode ser dividido em três níveis.

A atriz possui grau leve. Foi o diagnóstico na filha, Clara, de 30 anos, fruto da relação com o também ator Ângelo Antônio, que despertou seu interesse para buscar apoio médico. “Sempre era reconhecida como a pisciana, a artista, a romântica, a idealista . Até, em umas relações mais abusivas, como maluca, louquinha”, diz sobre a forma como era vista.

A artista falou sobre a dificuldade de se enturmar na escola durante a infância e como, às vezes, se sente incompreendida. “Quando tinha 9 anos todas as meninas do colégio pararam de falar comigo, por causa do meu jeito. Eu não entendi o porquê.”

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A carreira como atriz teve o papel de “terapia” para a atriz, fazendo com que fosse desenvolvendo suas habilidades sociais.

Embora o autismo seja identificado na maioria das vezes na infância, essa condição vem sendo diagnosticada com maior frequência em adultos.

A atriz já vinha abordando o tema nas redes sociais na última semana após revelar o diagnóstico no podcast Papagaio Falante. “Quantas vezes eu perdia a amizade ou as pessoas ficavam magoadas comigo porque eu não conseguia sair de casa. Eu não conseguia ir ao cinema, porque é uma experiência sensorial muito forte, como se eu tivesse tendo um sonho premonitório que iria definir a minha vida, de tão sensível.”

*Com informações da Agência Estado

 

 

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Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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