Existem imagens dramáticas, coloridas, sexy e todas elas vendem como água em revistas e jornais. No entanto, o fotojornalismo se destaca pela legitimidade.
É exatamente assim que o fotojornalista Eduardo Nicolau lida com o trabalho. A mais nova obra do profissional traz detalhes do registro instantâneo de uma ação, assim como o retrato de personalidades, que dão um realismo a mais à fotografia enquanto grande arte.
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A OBRA
A obra Retratos (Ipsis) é um conjunto de imagens em preto e branco que Nicolau capturou ao longo de anos, boa parte publicada nas páginas do Estadão, onde trabalhou. O material é inédito e de caráter autoral e será lançada na noite desta quarta-feira (29), em São Paulo.
“Outras foram pensadas inicialmente para publicação em jornal, mesclando um toque de fotojornalismo com um olhar particular”, escreve Nicolau, no prefácio.
Segundo o fotógrafo, trata-se de um encontro de personagens, diversos, polêmicos em alguns casos, mas peculiares. “Toda essa interação – momento, expressão, espontaneidade, luz, sombra, enquadramento, cumplicidade, essência – se imprime em um diálogo fotográfico.”
ESTRUTURA
A organização das fotos não segue uma estrutura rígida, seja temporal, seja dividir os personagens por sua área de atuação. Nicolau promove um passeio que permite, muitas vezes, acreditar que as poses fossem combinadas, embora separadas por vários anos.
Esse é o caso de Paulo Autran e Djalma Santos: o ator foi fotografado em 2002 de braços abertos, diante do Teatro Municipal, enquanto o jogador de futebol também estica os braços, à frente do Estádio do Pacaembu, em 2008.
Fotografias não copiam a realidade, mas trazem muito do sabor desses momentos, observou ainda Peter Galassi, que citou o colega americano Lee Friedlander: “Uma foto traz muito mais do que imaginamos estar naquela imagem – por isso que retornamos sempre a ela”.
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.