Paul McCartney fez um show intimista para cerca de 500 pessoas em Brasília. O ambiente escolhido para o evento lembra a Cavern Club, onde foram feitas as primeiras apresentações dos Beatles, ainda nos anos 60, em Liverpool. Paul e alguns poucos integrantes que o acompanham na turnê Got Back pelo Brasil tocaram, nesta terça-feira (28), no também lendário Clube do Choro.
Anunciado poucas horas antes de acontecer, o show foi um presente surpresa dado à população do Distrito Federal. Um primeiro lote foi vendido a R$ 200 pela empresa promotora. Outras poucas dezenas foram distribuídas gratuitamente a alguns sortudos que foram ao local apenas movidos pela esperança de ver aquele que, para muitos, foi o mais histórico de todos os shows já realizados na capital federal.
E a escolha pelo local não foi ao acaso. Com um show já marcado para a próxima quinta-feira (30) na Arena BRB, um estádio digno de estrelas do rock onde ele próprio já tocou, em 2014 McCartney ficou sabendo da tradição do Clube do Choro. Ciente da importância do local na cena musical da cidade, decidiu coroar o espaço, transformando-o em um pub inglês por uma noite.
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O QUE É O CLUBE DO CHORO?
O templo do choro em Brasília foi fundado em 1977 por músicos que se reuniam na casa da flautista francesa naturalizada brasileira Odete Ernest Dias. Faziam parte do grupo fundador músicos como o citarista Avena de Castro, grande amigo de Jacob do Bandolim, Pernambuco do Pandeiro, que tocou com Carmen Miranda, o flautista Bide, primo de Pixinguinha, e o trombonista Tio João, da Orquestra da Rádio Nacional. Notáveis como o cavaquinista Waldyr Azevedo e o violonista Raphael Rabello também incentivaram o movimento, realizando shows para arrecadação de fundos.
A primeira instalação do Clube do Choro foi o vestiário do recém-inaugurado Centro de Convenções. Depois de um início promissor, o clube viveu anos de abandono e passou a ser revitalizado a partir dos anos 90, sob a administração do jornalista e músico Reco do Bandolim.
Atualmente, em uma sede projetada por Oscar Niemeyer, também funciona a Escola de Choro Raphael Rabello, a primeira do gênero no país e onde mais de mil alunos aprendem a tocar cavaquinho, bandolim, pandeiro, violão, saxofone, flauta, acordeon, gaita, violino e viola caipira.
*Com informações da Agência Brasil
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