A atacante Jenni Hermoso denunciou o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, após o acontecimento durante a celebração do título da Copa do Mundo no mês passado, quando Rubiales a beijou sem consentimento. O caso está em investigação pelo Ministério Público espanhol.
O caso demorou para chegar ao âmbito criminal, uma vez que o Código Penal espanhol (artigo 191.1) exige que a denúncia seja feita pela vítima ou por um representante legal em casos de agressão sexual. Geralmente, o Ministério Público inicia casos envolvendo vítimas menores de idade ou com deficiência. Com a denúncia de Hermoso, amparada por uma nova lei de consentimento sexual aprovada no ano passado, o dirigente pode enfrentar uma multa ou pena de prisão de um a quatro anos se considerado culpado.
No âmbito esportivo, Rubiales já enfrentou consequências e foi suspenso por 90 dias pela FIFA, enquanto uma investigação interna está em andamento na organização. Esperava-se que Rubiales renunciasse, mas em uma assembleia geral extraordinária da RFEF, ele se recusou a renunciar, alegando ser vítima de perseguição e insistindo que o beijo foi consentido, uma afirmação que Hermoso contestou, negando qualquer consentimento. Além disso, a atacante e suas colegas de equipe anunciaram que não representarão a Espanha enquanto os atuais dirigentes estiverem no poder.
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Com o presidente titular afastado, a federação está sendo liderada interinamente por Pedro Rocha, que implementou várias mudanças, incluindo a substituição do treinador da seleção feminina, Jorge Vilda, que tinha problemas de relacionamento com as jogadoras e demonstrou apoio a Rubiales na assembleia, pela auxiliar Montse Tomé, a primeira mulher a comandar a equipe nacional.
Na última segunda-feira, os jogadores da seleção espanhola masculina, que se preparam para os jogos das Eliminatórias da Eurocopa na data FIFA de setembro, também se manifestaram contra Luis Rubiales. Morata, o capitão da equipe, junto com Rodri, Azpilicueta e Asensio, seus sucessores na hierarquia da faixa, divulgaram um comunicado condenando o comportamento do dirigente como “inaceitável”.
*Com informações de Agência Estado
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