29 de maio de 2024
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Pia Sundhage fala sobre seleção: “Foi cruel”

Treinadora ficou quatro anos à frente da seleção feminina e foi demitida após eliminação do Brasil na Copa do Mundo

Pia Sundhage quando comandava a seleção brasileira feminina (Foto: CBF)

A técnica sueca Pia Sundhage, que esteve à frente da seleção brasileira feminina de futebol até agosto de 2023, considerou cruel a conduta do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, na hora de comunicar sua demissão.

“Como você sabe, tive um encontro com o presidente e ele só me demitiu”, disse Pia. “Sabe, para mostrar respeito sobre essa conversa. Sabe, você não está vencendo, você não vai continuar. Não foi o que foi dito naquela sala. Foi cruel. Três pessoas e o presidente. Para mostrar respeito por essa pequena reunião, eu não vou revelar o que foi dito. Eu sinto muito e fico triste com o que aconteceu”, completou.

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Pia Sundhage foi demitida da seleção brasileira depois de quatro anos de trabalho, logo após a eliminação na primeira fase da Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia. As declarações foram dadas em entrevista publicada nesta sexta-feira (19) pelo GE. Pia foi anunciada na última terça-feira (16) como técnica da Suíça.

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Ainda sobre a relação com a CBF, a treinadora mostrou-se desapontada com a inconstância da entidade no apoio prometido à seleção feminina. De acordo com ela, o trabalho tinha um bom suporte no início, mas dificuldades se apresentaram com o passar do tempo, como a impossibilidade de viajar para observar partidas e atletas.

“Sim, bem no começo sim (houve apoio). Depois de um tempo, tivemos dificuldades de fazer o scout. Lembro do meu primeiro dia. Fomos a Porto Alegre. Era fantástico conhecer a liga. Eu precisava fazer com maior frequência, porque é um tipo diferente de futebol e queria fazer isso, mas eventualmente eu não era mais autorizada a viajar o quanto eu queria e nem meus assistentes também. Tivemos que nos acostumar com isso e olhar muitos jogos no computador”, disse.

Em nota, a CBF desejou “sorte à treinadora Pia em seu novo desafio à frente da seleção da Suíça”, destacou o legado deixado por ela no futebol feminino nacional e disse não ter o que comentar sobre “as demais informações não esclarecidas.”

Bicampeã olímpica com a seleção dos Estados Unidos, Pia chegou ao Brasil em 2019, com a esperança de reformular a equipe e buscar feitos inéditos. No entanto, o trabalho passou longe dos resultados almejados. O único título de destaque foi a Copa América de 2022, diante de rivais mais fracos do nosso continente.

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Nos Jogos de Tóquio, em 2021, o Brasil foi eliminado nas quartas de final pelo Canadá, que se tornaria campeão olímpico. O jogo terminou empatado sem gols, e as canadenses levaram a melhor nos pênaltis, ganhando por 4 a 3.

A Copa do Mundo, disputada entre julho e agosto do ano passado, marcou a maior frustração da era Pia. O Brasil chegou ao Mundial com a empolgação de bons desempenhos ante as poderosas Inglaterra e Alemanha, mas acabou eliminado ainda na fase de grupos. A seleção brasileira bateu o modesto Panamá (4 a 0), perdeu para a França (2 a 1) e empatou com a também limitada Jamaica (0 a 0).

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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