Pia Sundhage é o nome que comandará a seleção brasileira feminina de futebol na Copa do Mundo 2023. Com 63 anos de idade, e quase 50 deles dedicados inteiramente ao futebol, a treinadora sueca possui um currículo de peso na modalidade. Em 2012, ela conquistou o prêmio Fifa The Best, quando treinava a seleção dos EUA, e foi finalista na última edição.
Com apenas 15 anos de idade, Pia já era atacante do IFK Ulricehamn e jogava na seleção principal da Suécia. Na época, sem ter muitas opções de times femininos, ela chegou até a se disfarçar de menino para entrar em um time masculino, seguindo a sugestão de um treinador, sob o apelido “Pelle”.
“Eu pude jogar com um time de garotos, por causa de um treinador, Kent Olof. Ele disse: Você quer jogar futebol de verdade, com árbitros, trave e rede?. Sim, eu quero. Então, vamos enganá-los um pouco. Vou te chamar de Pelle, em vez de Pia. Então, eu fui chamada de Pelle por dois anos e joguei no time masculino do Marbäcks IF”, contou ela em entrevista para a Fifa TV, feita em dezembro do ano passado.
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DESTAQUE NA SELEÇÃO SUECA
Ao longo de sua carreira, Pia Sundhage foi campeã, artilheira (quatro gols) e eleita melhor jogadora da primeira Euro Feminina, em 1984. Ela fez o gol da vitória da Suécia por 1 a 0 contra a Inglaterra no jogo de ida da final, além da última cobrança na disputa de pênaltis que garantiu o título sueco, no jogo de volta.
Enquanto esteve na seleção, a Suécia ficou no pódio em outras três Euros. Em 1989, foi a terceira colocada, e em 1987 e 1995, ocupou o lugar de vice-campeã. Até hoje, Pia é um dos maiores nomes da seleção sueca feminina. Ela é a décima jogadora com mais partidas (146) e a terceira maior artilheira (71 gols), empatada com Lena Videkull.
Apesar de hoje estar à frente da seleção brasileira feminina, Pia Sundhage chegou a enfrentar o país nas duas Copas do Mundo que participou, em 1991 e 1995. No primeiro campeonato, ela foi a responsável por fazer um dos gols da vitória por 2 a 0 na terceira rodada do Grupo B. Mas, em 95, o Brasil deu o troco, com um gol de Roseli, e venceu por 1 a 0.
CARREIRA COMO TÉCNICA
Dois anos depois de encerrar sua carreira como jogadora, Pia Sundhage retornou como assistente técnica do Vallentuna BK, da Suécia, em 1998. Passou por clubes do seu país e dos EUA, até se tornar treinadora de seleção, em 2007.
Depois de ser assistente da seleção chinesa na Copa do Mundo daquele ano, ela assumiu o comando dos Estados Unidos. Durante os cinco anos como técnica, os EUA ganharam dois ouros olímpicos (Pequim-2008 e Londres-2012) e foram vice-campeões mundiais na Copa da Alemanha, em 2011.
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