As operadoras de telecomunicações estão reavaliando a viabilidade de oferecer acesso gratuito a aplicativos populares, como WhatsApp, Instagram e X/Twitter. Os chamados planos “zero rating,” que permitiam o acesso a essas plataformas sem consumir a franquia de dados, estão na berlinda.
O presidente da Telefônica Brasil, Christian Gebara, revelou em uma coletiva de imprensa que essa estratégia foi inicialmente implementada para atrair consumidores, mas com o avanço da tecnologia 5G, essas operações se tornaram mais dispendiosas e demandam uma quantidade significativamente maior de dados.
De acordo com Gebara, o tráfego global nas redes está aumentando entre 20% a 30%, com seis a sete empresas de tecnologia concentrando a maior parte desse fluxo.
O movimento de repensar o “zero rating” segue uma tendência internacional. Países como a Índia e várias nações europeias já abandonaram os planos com acesso ilimitado, optando por oferecer opções com franquias de dados mais generosas.
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PRESSÃO DAS BIGTECHS
Gebara não está sozinho, executivos de outras operadoras também manifestaram apoio ao fim dos planos de acesso ilimitado a aplicativos.
As operadoras estão pressionando as gigantes de tecnologia para arcar com os custos do tráfego gerado pelos aplicativos, justificando que as empresas de telecomunicações não conseguem mais sustentar esse crescimento acelerado sem investimentos que proporcionem retorno aos acionistas.
Ele também destaca a importância de direcionar os recursos financeiros para reforçar a infraestrutura nacional, garantindo que o acesso à internet alcance regiões ainda desprovidas de cobertura.
Além disso, o modelo “zero rating” levanta preocupações quanto à possível violação do princípio da neutralidade da rede do Marco Civil da Internet, que privilegia empresas com serviços gratuitos.
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