Na última quarta-feira (14), uma “posição de negociação” sobre a Lei de IA (Inteligência Artificial) foi adotada pelo Parlamento Europeu, com 499 votos a favor, 28 contrários e 93 abstenções. A votação representou, ao mundo, um marco da liderança pela regulamentação dos limites das Inteligências Artificiais no planeta.
Segundo a posição do Parlamento Europeu, deve haver um veto completo ao uso da inteligência artificial para monitoramento biométrico, reconhecimento de emoções e políticas de policiamento preventivo.
Além disso, sistemas de IA generativa, como o ChatGPT, precisam informar que o conteúdo foi gerado por IA. O comunicado aponta também que sistemas de IA usados para influenciar eleitores em eleições devem ser considerados de “alto risco”.
LEIA TAMBÉM
Segurança impulsiona migração para prédios comerciais
Intel abandona prefixo “i” e lança série Ultra de processadores
QUAL O OBJETIVO DA REGULAMENTAÇÃO DA IA?
O Parlamento Europeu diz que as regras buscam promover um uso “centrado nos humanos e confiável” da IA, para proteger a saúde, a segurança, os direitos fundamentais e a democracia “de seus efeitos danosos”.
O órgão também diz que as regras almejam garantir que a IA desenvolvida e usada na Europa cumpra totalmente com os direitos e valores da UE, entre eles a segurança, privacidade, transparência, não discriminação e bem-estar social e ambiental
As regras preveem que sejam vetados sistemas de IA que, por exemplo, classifiquem pessoas a partir de seu comportamento social ou características pessoais.
Também devem ser banidos usos “intrusivos e discriminatórios” dessa tecnologia, como sistemas de identificação biométrica remotos em tempo real em espaços públicos; ou a categorização biométrica com características como raça, gênero, etnia, status de cidadania ou orientação política ou religiosa, exemplifica o texto.
LEIA MAIS
Lei Seca: álcool no trânsito mata 1,2 brasileiro por hora