Leila Branco
Cientistas da Universidade de Tóquio revelaram uma técnica inovadora para revestir robôs com pele viva, permitindo que eles apresentem expressões faciais mais naturais, como sorrisos.
Essa descoberta representa um avanço na criação de humanoides realistas, capazes de se moverem com naturalidade.
Como é essa pele viva dos robôs?
Esta pele artificial é criada em laboratório a partir de células vivas, imitando as estruturas dos tecidos humanos. Além de ser macia como a pele real, ela possui a capacidade de autorregeneração, o que a torna resistente a cortes e danos.
Inicialmente, os pesquisadores enfrentaram dificuldades para aderir a pele ao rosto dos robôs. Tentativas com miniganchos falharam, pois danificavam a pele durante os movimentos.
Inspirando-se nos ligamentos humanos, que ligam a pele às outras estruturas do corpo, a equipe desenvolveu um método que perfura pequenos orifícios no robô, aplica um gel de colágeno e adiciona uma camada de pele artificial por cima. Este gel preenche os buracos e fixa a pele firmemente ao robô. Essa abordagem permite que a pele se mova harmoniosamente com os componentes mecânicos do robô.
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Resultados da pesquisa e impactos no futuro
De acordo com matéria do G1, os resultados desta pesquisa foram publicados na revista Cell Reports Physical Science. Embora esta tecnologia ainda esteja em fase de testes, os cientistas acreditam que, no futuro, ela poderá ser aplicada não apenas em robótica, mas também em estudos sobre envelhecimento da pele, cosméticos e cirurgias plásticas.
Ainda que o protótipo atual se assemelhe mais a uma bala de gelatina do que a um ser humano, a equipe está otimista quanto às possibilidades futuras. Um dos próximos desafios é integrar atuadores sofisticados, que funcionem como músculos, para criar expressões faciais ainda mais realistas.
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