12 de dezembro de 2024
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42% dos universitários da UNIFAL têm 30 anos ou mais

Entre 2012 e 2021, o número de ingressantes com 40 anos ou mais nas universidades do país subiu 171,1%

Após a repercussão do caso da universitária Patrícia Linares, de Bauru (SP), hostilizada em um vídeo por três colegas de sala pelo fato de ter mais de 40 anos, a UNIFAL (Universidade Federal de Alfenas) publicou texto chamando a atenção para o fato de que o número de calouros com 40 anos ou mais em universidades brasileiras quase triplicou nos últimos 10 anos.

Conforme dados do Censo da Educação Superior, do MEC (Ministério da Educação), entre 2012 e 2021, o número de ingressantes com 40 anos ou mais nas universidades do país subiu 171,1%. Isso se deu em razão de muitos fatores, tais como a expansão dos cursos de EAD (ensino a distância), a busca por novas oportunidades profissionais com a segunda graduação, a realização de um sonho antigo ou simplesmente a procura por novos conhecimentos estão na lista das razões.

Atualmente, na UNIFAL, 42% dos universitários da graduação estão fora da chamada faixa etária universitária de 18 a 24 anos. São 2.486 acadêmicos de graduação que têm 30 anos ou mais, de um total de 5.941 matriculados nos cursos de graduação.


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A professora Marta Gouveia de Oliveira Rovai, coordenadora do Departamento de Direitos Humanos e Inclusão, comenta o fenômeno. “É importante entendermos que não há idade para se estudar. O estudo é uma ação que levamos a vida toda, pois o conhecimento é imenso e sempre é tempo para aprender. Uma pessoa que volta a estudar além do que imaginamos que seja a idade certa pode ter muitos motivos”, afirma.
Como exemplo, ela lembra que há 20 anos, antes do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni, e do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio), não havia oferta de universidades e era bem mais difícil estudar.

“Muita gente encontra agora, depois de sonhar com a faculdade, a oportunidade de estudar, muitas vezes tendo trabalhado e cuidado da família. Muitas pessoas mais velhas voltam a estudar incentivadas pelos filhos que estão estudando e que sabem o que seus familiares perderam”, ressalta. “Há inúmeras razões e todas elas devem ser aplaudidas e apoiadas, uma vez que estudar sempre nos engrandece”, conclui.

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