Marcelo Donizeti Alexandre, acusado de ser autor da morte de Verena Sebastiana Aruarte da Silva, encontrada esquartejada em Ouro Fino, no ano de 2019, foi condenado a 33 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, após júri popular realizado nesta quarta-feira, 20/07.
O outro suspeito, Clebio Novaes Ribeiro, acusado de ser o coautor, foi absolvido no julgamento.
O júri popular aconteceu no Fórum de Ouro Fino, com sessão presidida pelo juiz Roberto Troster Rodrigues Alves e acusação sob responsabilidade do promotor Luiz Augusto Belloti.
Marcelo foi condenado por todos os crimes que estavam na denúncia, que eram: homicídio doloso, qualificado pelo motivo fútil e o meio cruel, corrupção de menores (duas vezes) e ocultação de cadáver. Ele também teve condenação de 5 meses e 18 dias de detenção pelo crime de falsa identidade, em regime semiaberto.
A defesa informou que já apresentou apelação e vai recorrer da sentença, porém, não foi concedido ao condenado o direito de recorrer em liberdade.
Clebio foi absolvido com o argumento de falta de autoria, que foi aceito pelo corpo de jurados. Ele teria sido acusado de ser o motorista que levou o corpo até a lagoa junto com Marcelo.
Durante o julgamento, também foram ouvidos dois jovens que, na época, eram adolescentes. Segundo a acusação, os menores teriam auxiliado nos corte do corpo e colocação nos tambores. Eles prestaram depoimento durante o júri e contaram uma versão diferente da apresentada por Marcelo. Os rapazes afirmaram que teriam auxiliado apenas na limpeza do local.
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Na época do crime, Verena tinha 34 anos. Após 15 dias desaparecida, seu corpo foi encontrado no dia 16 de outubro de 2019, esquartejado e dentro de tambores em uma lagoa no bairro rural Córrego da Gralha, em estado avançado de decomposição.
Três suspeitos foram identificados, sendo Marcelo Donizeti Alexandre, 24 anos, e dois adolescentes, de 17 e 15 anos. Segundo a polícia, o homem teria um relacionamento com a vítima e, após uma discussão, a matou com golpes de faca. Os menores teriam auxiliado nos corte do corpo e colocação nos tambores.
Marcelo e os dois menores teriam acionado o serviço de transporte por aplicativo para levar os tambores ao lago, onde foram jogados. O autor teria pago uma quantia em dinheiro aos menores e ao motorista Clebio Novaes Ribeiro.
Marcelo foi levado ao presídio regional de Ouro Fino e confessou o crime.
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