O bebê de nove meses que, supostamente foi agredido pelo pai em Piranguinho (MG), pode perder a visão de um olho, segundo relato da mãe. A juíza da Vara da Infância e da Juventude de Itajubá concedeu medida protetiva para a mulher e para a criança nesta semana. O caso é investigado pela Polícia Civil, que abriu inquérito. O menino segue internado no Hospital de Clínicas de Itajubá.
Em entrevista a um portal da região, a mãe da criança, identificada como Caroline, afirma que a magistrada concedeu as medidas protetivas em caráter de urgência, para ela e o filho, após a mulher receber ameaças. O documento, assinado pela juíza Maria Fernanda Manfrinato Braga, determina que o pai mantenha 200 metros de distância de ambos. O suspeito ainda terá que comparecer ao CREAS (Centro de Referência de Assistência Social) de Itajubá.
“A médica pediatra examinou ele e disse, mãe isso não é convulsão, porque bebê não se debate em convulsão, eles esticam. Aí ela fez vários exames e constatou hematomas na bochecha, no pescoço, de uma possível asfixia, e ele estava com um corte dentro do olho. Por conta da gravidade, a médica levou ele para a tomografia e ela falou que meu filho estava com três sangramentos no crânio e um coágulo na cabeça, que ocasionou as convulsões”, conta a mãe.
A mulher diz ainda que o filho está com um sangramento atrás do olho esquerdo e poderá perder a visão. Segundo ela, o estado da criança é grave. “Meu filho está lutando, mas tenho fé em Deus que ele vai conseguir sair dessa, precisamos de orações”, diz.
Em nota, o escritório de advocacia que defende o suspeito, afirma que o homem é acusado injustamente e que foi ele quem observou o estado criança. Além disso, ele estaria colaborando com as autoridades policiais e nunca esteve foragido.
Já a Polícia Civil disse que segue em investigação e que está ouvindo as testemunhas. O caso está em segredo de Justiça.
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ENTENDA O CASO
Um bebê de nove meses foi internado no Hospital de Clínicas de Itajubá com hematomas no cérebro e sangramento após ter ido à casa do pai, de 25 anos, no último sábado (15) na zona rural de Piranguinho (MG). De acordo com a Polícia Militar, eles foram acionados para comparecer à unidade de saúde pela mãe da criança, após o filho ter convulsões.
A mãe do bebê disse aos policiais que o pai havia buscado a criança na casa da avó materna em Itajubá para passear e, tempos depois, o suspeito enviou um vídeo com o menino sofrendo convulsões. A mulher teria buscado a criança de imediato e percebeu os ferimentos no corpo do filho. Ela levou o bebê para o hospital.
Ainda segundo os militares, a pediatra de plantão constatou escoriações pelo corpo do bebê e dois hematomas no cérebro com sangramento. Não há informações se os pais da criança são separados e maiores detalhes sobre o estado de saúde do bebê. O Boletim de Ocorrência foi registrado como lesão corporal.
O crime de lesão corporal está previsto no Código Penal Brasileiro no artigo 129. Ele se caracteriza como o resultado da ação de uma pessoa contra outra e que prejudique a integridade corporal ou a saúde da vítima. Isso pode ocorrer por meio de uma agressão que gere alterações físicas temporárias, permanentes e até mesmo levem à morte. Dependendo da gravidade da lesão, o autor pode pegar de 3 meses a 5 anos de reclusão.
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